Proantar precisa contar com mais recursos, diz César Borges
- Os cientistas brasileiros do Proantar têm, literalmente, de tirar leite de gelo. O orçamento do programa tem sido magérrimo e oscilado em torno de dez milhões de reais por ano, risível se comparado ao apoio que outros países dão às pesquisas no continente - afirmou.
Para efeito de comparação, disse César Borges, o orçamento da viagem do astronauta Marcos César Pontes ao espaço, no ano passado, bancaria dois anos de operação do Proantar, que envolve o trabalho de mais de cem pessoas.
- Se são heróis os cientistas que lá estão, também o são os servidores que enfrentam nos gabinetes as resistências políticas que conhecemos para brigar por verbas para manter o programa vivo - disse.
César Borges ressaltou que existe a promessa do Executivo de dobrar o volume de recursos destinados ao Proantar neste ano, devido à realização do 4º Ano Polar Internacional, que tem como objetivo estimular pesquisas cientificas relativas às regiões polares. A iniciativa conta com a participação de 63 países e 227 projetos científicos, com investigações laboratoriais programadas até 2011.
- Esperamos que a ciência saia efetivamente do fim da fila das prioridades. Infelizmente, a míope gestão fiscal não parece distinguir a diferença entre gelo e água - concluiu.
O continente antártico conta com 14 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho da América do Sul, de acordo com dados da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul.
13/03/2007
Agência Senado
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