Produção de etanol não ameaça Amazônia, diz consultor legislativo



No seminário "Viabilidade econômica da segunda geração de biocombustíveis: uma simulação para o caso do Brasil", promovido pela Consultoria Legislativa do Senado nesta quinta-feira (2), o consultor Fernando Lagares Távora afirmou que um dos grandes desafios em relação à produção de biocombustíveis no Brasil é mostrar ao mundo que essa indústria não representa ameaça para a Amazônia. Isso porque aspectos climáticos da região, como a quantidade de chuvas, não são adequados à produção da cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol brasileiro.

O consultor acredita que outros desafios do país na produção de biocombustíveis são buscar novos mercados para vender a produção brasileira e encontrar formas de competir com os subsídios oferecidos por outros países para essa indústria.

Em relação à segurança alimentar, Távora reconheceu que se trata de um problema que deve ser levado em consideração com cautela, uma vez que a produção de biocombustíveis pode influir no tamanho da área destinada a culturas utilizadas para produção de alimentos. Mas ele ressalta que esse problema se aplica principalmente à produção de etanol a partir do milho, que é o caso dos Estados Unidos, e não ao caso da cana-de-açúcar, biomassa utilizada no Brasil.

Ao longo da manhã, os consultores travaram um debate técnico sobre a produção de etanol, as técnicas e os preços do produto. Esse seminário faz parte de uma série promovida pela Consultoria Legislativa do Senado com o objetivo de realizar avaliações técnicas aprofundadas de assuntos de interesse da Casa. Já foram abordados em outros seminários, por exemplo, temas como as políticas de distribuição de medicamentos, formas de racionalizar o uso de energia elétrica e a questão dos precatórios.



02/10/2008

Agência Senado


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