Proibição da venda de mogno é um absurdo, diz Ademir Andrade



A proibição da venda de mogno - uma das madeiras mais requisitadas do mercado - determinada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) - é uma medida absurda, desprovida de qualquer sentido, segundo o senador Ademir Andrade (PSB-PA), para quem não é verdade que esse tipo de madeira esteja em extinção. "Quem diz isso não entende de Amazônia e nem de mogno", afirmou o senador em entrevista concedida à Rádio Senado .

A desinformação na área é tanta, segundo Ademir, que o Ibama chegou a procurar o governo norte-americano para pedir àquele país que não compre mogno brasileiro, sem que o produto esteja acompanhado de um certificado das autoridades do Brasil.

Segundo o senador, o mogno é cultivado hoje no Brasil por milhares de famílias da região Norte, e, para ele, soa absurda a proibição do Ibama, pois impede que o agricultor que plantou o mogno possa vendê-lo depois. O mogno, disse ele, está longe de ser uma madeira em extinção, já que é uma das madeiras preferidas no cultivo em toda a Amazônia.

O governo deveria estar preocupado, acentuou Ademir, com a venda da madeira bruta feita pelo Brasil, que coloca o país numa condição extremamente precária, típica de país subdesenvolvido, no comércio internacional.

Para o senador, 92% da madeira exportada pelo Pará é em estado bruto, gerando grandes perdas para o país, já que, desse total, apenas 8% são processados industrialmente. Com isso, acrescentou, o Brasil deixa de agregar valor ao produto exportado, perdendo milhões de dólares a cada ano. "Isso é o que deveria chamar a atenção do governo", assinalou.



08/02/2002

Agência Senado


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