Projeto regulamentando segurança privada será votado dia cinco



A vigilância clandestina preocupa a sociedade gaúcha. Conforme dados da Brigada Militar, existem, no Rio Grande do Sul, cerca de 45 mil vigias particulares clandestinos, praticamente o triplo de policiais militares existentes nas ruas. Diariamente os veículos de comunicação tratam desse assunto, mostrando a indignação da sociedade com a falta de segurança, bem como a proliferação de empresas clandestinas. Os chamados zeladores de rua preenchem o vazio deixado pela segurança pública. Conhecedor dos problemas graves que envolvem a atividade, o deputado Giovani Cherini, do PDT, tem projeto de lei que regulamenta a vigilância privada, acabando com a clandestinidade. A proposta está na ordem do dia da sessão plenária de terça-feira, 5, quando deverá ser votado. Segundo Cherini, os moradores em áreas residenciais das cidades gaúchas são vítimas de vigilantes que cobram por uma suposta vigilância. Se o morador não pagar, inevitavelmente, sofre algum tipo de dano. Além disso, hoje existe um verdadeiro exército de homens armados e despreparados, trabalhando com segurança em diversos segmentos da sociedade. Não bastasse isso, diz o deputado, o Estado deixa de arrecadar cerca de R$ 25 milhões por ano por não controlar a atividade da segurança. De acordo com o autor do projeto, com esse recurso o Estado poderá melhorar os salários dos soldados da Brigada que, atualmente, precisam fazer "bicos" em empresas de vigilância para aumentar o rendimento mensal. Por essas razões, o deputado Cherini quer que a atividade da segurança privada passe a ser controlada pela Secretaria Estadual da Segurança e da Justiça. Assim, a Brigada Militar passará a autorizar o funcionamento de empresas, orientar o treinamento de profissionais e fiscalizar a atuação dos mesmos. Os profissionais que atuarão na área, além do treinamento adequado que passarão a receber, deverão submeter-se a exames médico, físico, mental e psicotécnico. Cherini garante que, com a regulamentação do funcionamento de empresas de segurança privada no Estado, será possível a abertura de mais 50 mil vagas na área, sem contar que a sociedade contará com um trabalho qualificado e fiscalizado pelos setores competentes. O autor do projeto lembrou o parecer da procuradora do Estado, Rosa Maria Aranovich, favorável as medidas de regularização do setor. Conforme o parecer, "se aos estados compete, assim, a prestação dos serviços de segurança pública, nada impede, pois, que os estados estabeleçam um sistema de segurança próprio e peculiar, para as instituições financeiras ou para outras atividades que atuem no seu território, bem como disciplinem a execução das atividades de vigilância ostensiva ou de segurança privada nestas mesmas instituições".

06/01/2001


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