PSDB declara ruptura com política externa brasileira. Azeredo suspende sabatinas de embaixadores
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), declarou nesta terça-feira (16) em Plenário, durante a votação da indicação de Oto Agripino Maia para o cargo de embaixador do Brasil na Grécia, que o partido está rompido com a política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o líder, o partido deixará de dar seu apoio às autoridades indicadas pelo governo para representar o Brasil no exterior, quando considerar que a indicação não está de acordo com os interesses do país.
A decisão, de acordo com Arthur Virgílio, foi motivada pela discordância em relação ao que o partido considera "equívocos da diplomacia brasileira", que, no seu entender, estariam a ridicularizar o país. Entre as críticas, o senador se referiu ao diálogo do presidente Lula com os governos de Cuba e do Irã.
- Me parece que há uma tendência a privilegiarmos regimes de exceção. E isso não é bom para o país - disse.
Sabatinas suspensas
Ao apartear Arthur Virgílio, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), se declarou solidário à posição da liderança de seu partido e informou a suspensão das sabatinas com autoridades indicadas para representar o Brasil no exterior, até que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, compareça ao colegiado.
- A nossa Comissão de Relações Exteriores tem a obrigação de acompanhar a política externa do governo. Não podemos nos omitir - disse Azeredo.Mais informações a seguir
16/03/2010
Agência Senado
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