PT e PC do B apontam contradições no depoimento de ex-funcionário da Condor
O líder do governo, Ivar Pavan (PT), classifica de confuso e contraditório o depoimento de Sílvio Gonçalves Dubao, ex-funcionário da empresa de Seguros Condor. “A testemunha respondeu perguntas idênticas de maneiras diferentes. No início, afirmou que recibos do Clube da Cidadania foram emitidos em nome de outras pessoas que não fizeram doações. Em outro momento, disse que não tinha conhecimento do assunto. E, por fim, afirmou que não tinha certeza”, analisa Pavan.
O líder do governo enfatiza que todos os doadores chamados a depor na comissão de inquérito confirmaram as contribuições ao Clube da Cidadania, com exceção de Sílvio Dubal. “Justamente esse cidadão, que move uma ação judicial contra um dos diretores do Clube da Cidadania, foi o único a negar a doação. Por que essa testemunha teria mais credibilidade que as outras?”, questiona.
O depoente admitiu aos parlamentares que move uma ação trabalhista contra a empresa Condor, de propriedade de Daniel Verçosa, buscando uma indenização de R$ 36 mil.
Para Pavan, o confronto entre as alegações da reclamatória trabalhista e o depoimento prestado à CPI também revela contradições”, observa Pavan. Durante o depoimento, Dubal afirmou que exerceu as funções de auxiliar de escritório e gerente da corretora, mas no processo trabalhista reivindica cotas na empresa, alegando ter desempenhado funções de corretor de seguros. “Ou ele está faltando com a verdade na ação trabalhista ou na CPI”, aponta.
A deputado Jussara Cony (PC do B) também constatou contradições no depoimento da testemunha. Ela estranha o fato do ex-funcionário da Condor não ter registrado ocorrência na Delegacia de Polícia, após sofrer ameaças, conforme relatou à CPI. “Na minha trajetória política, inúmeras vezes sofri pressões e ameaças e posso garantir que evitar o registro de ocorrência não é um comportamento comum nessas ocasiões”, avalia. Questionado pela parlamentar, a testemunha afirmou que evitou levar o assunto ao conhecimento da polícia porque “não sabia de que lado veio a ameaça”.
11/08/2001
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