Quatro testemunhas no processo de Magno Malta serão ouvidas nesta quinta-feira
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar agendou para esta quinta-feira (5), a partir das 10h, quatro depoimentos com o objetivo de subsidiar as investigações do processo disciplinar contra o senador Magno Malta (PL-ES) por quebra de decoro parlamentar. O congressista pelo Espírito Santo teve o nome citado no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar, por haver, no entendimento dos membros da CPI Mista, indícios de que tenha envolvimento com a chamada "máfia das ambulâncias".
Em depoimentos à Justiça, a família Vedoin, acusada de ser a organizadora da máfia, alega ter dado a Malta o veículo Ducato - uma van da marca Fiat - como parte de pagamento de propina para a apresentação de emendas ao Orçamento destinadas a beneficiar o esquema de fraudes criado com o objetivo de utilizar irregularmente recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias a preços superfaturados. O senador pelo PL defende-se das acusações, afirmando que o Fiat Ducato teria sido um empréstimo pessoal do deputado federal Lino Rossi (PP-MT), que também está sendo investigado pela CPI Mista dos Sanguessugas.
Na tentativa de rastrear o histórico do carro, o relator do processo, senador Demóstenes Torres (PFL-GO), ouve nesta quinta-feira três ex-proprietários do veículo que teria pertencido a Lino Rossi: Wylerson Moreira da Costa e os irmãos Valdir Agostinho Piran e Valcir José Piran. A pedido de Magno Malta, também está agendada a oitiva de uma testemunha de defesa: o deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), que, segundo Demóstenes, deverá afirmar que ouviu Rossi prometer que iria emprestar um carro a Malta.
04/10/2006
Agência Senado
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