QUINTANILHA APÓIA O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO PARA US$ 100



O senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) apoiou em Plenário, nesta terça-feira (dia 24), o reajuste do salário mínimo para o valor de R$ 180,00, que corresponde, aproximadamente, a US$ 100. De acordo com Quintanilha, a discussão em torno do novo salário mínimo é de fundamental importância para a economia brasileira e se relaciona com a questão da distribuição de renda no país. Ele lembrou que a solução de conceder pisos diferenciados, em cada estado, não foi bem assimilada pelos governos estaduais.

O senador classificou o atual salário mínimo de insuficiente, inclusive, para que o trabalhador possa arcar comprar uma cesta básica. Ele elogiou a disposição do governo em negociar com o Congresso Nacional o novo salário, mas considerou baixo o reajuste previsto no orçamento de 2001.

- O aumento de 5,57%, proposto pelo Poder Executivo é longe do ideal, mas o governo se mostra aberto à discussão, propondo que o Congresso aponte as fontes necessárias no orçamento - afirmou, referindo-se também ao pronunciamento do líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), que apresentou a proposta de negociação do governo.

Quintanilha - que disse representar não apenas o seu estado, de Tocantins, mas também a totalidade de seu partido, o PPB - apoiou a idéia de taxar os fundos de pensão, visando aumentar o montante de recursos arrecadados pela União, para cobrir o reajuste salarial. Ele lembrou, entretanto, que os fundos de pensão não são constituídos apenas de recursos públicos, mas também de dinheiro dos trabalhadores.

Em aparte, o senador Maguito Vilela (PMDB-GO) parabenizou Quintanilha pelo pronunciamento, e criticou o presidente Fernando Henrique, afirmando que as fontes para o reajuste já existem. Maguito disse que o atual salário mínimo induz à miséria. O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO), também aparteando, disse que a Constituição garante um salário justo, e mencionou a marcha de trabalhadores, de São Paulo até Brasília, em defesa de um reajuste do salário mínimo. O senador Moreira Mendes (PFL-RO) disse que uma diminuição dos encargos sociais pagos pela iniciativa privada permitiria um reajuste maior. Ainda em aparte, o senador Geraldo Melo (PSDB-RN) defendeu a posição de Fernando Henrique com relação ao tema. O senador José Roberto Arruda afirmou que o Congresso deve chegar a um consenso sobre o reajuste, buscando soluções definitivas. Sérgio Machado (PSDB-CE) disse que seu partido, o PSDB, encontrará alternativas para um reajuste salarial que não provoque a volta da inflação.

24/10/2000

Agência Senado


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