Quintanilha defende reflexão crítica sobre clonagem humana



As pesquisas sobre clonagem humana preocupam o senador Leomar Quintanilha (PPB-TO), para quem os legisladores devem aprofundar uma reflexão crítica acerca dos limites para o uso desse conhecimento. Quintanilha citou entrevista publicada no Correio Braziliense com os cientistas Panayotis Zavos e Severino Antinori que garantem que, em dois anos, em algum país mediterrâneo, irão clonar casais que não podem ter filhos.

- A matéria publicada no Correio Braziliense nos enche de preocupação porque os entrevistados não apontam para uma utopia distante. Ao contrário, denunciam pesquisas feitas na surdina, no campo incontrolável da biotecnologia, e buscam aliados em países que possuem legislação favorável aos seus interesses - afirmou.

De acordo com o senador, o anúncio dividiu as opiniões dos especialistas em reprodução assistida e em bioética porque existem inúmeras questões técnicas e éticas a serem respondidas nesse campo. O parlamentar citou a revista Nature Genetics, a qual afirma que os experimentos precisam ainda ser aprofundados, a partir da avaliação da ovelha Dolly. Quintanilha ressaltou que os cientistas admitem que a clonagem pode gerar seres com malformações e riscos de morte prematura.

O senador lembrou que os especialistas acreditam que a própria clonagem perderá terreno para uma área ainda mais revolucionária que é a transformação de células-tronco (progenitoras de todas as células do organismo) de adultos em qualquer tecido humano, pondo fim à disputa por embriões. A nova técnica, no entanto, envolve riscos, alertou o senador, afirmando que um passo em falso pode ter conseqüências desastrosas.

15/02/2001

Agência Senado


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