QUINTANILHA QUER MAIOR APROXIMAÇÃO COM A ÁFRICA



O senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) defende uma revisão da política externa brasileira em relação à África, a fim de incrementar o intercâmbio do país com as 53 nações independentes daquele continente, que representam um mercado emergente de 750 milhões de pessoas. Ele recordou os laços culturais e históricos que ligam o Brasil à África, bem como o fato de quase metade da população do país ter ascendência africana, para justificar essa redefinição na política externa nacional.

De acordo com o senador, apesar de todos os laços culturais e afetivos e das variáveis econômicas, "o que se tem verificado é que a cooperação brasileira limita-se aos países africanos de língua portuguesa".

Dados da balança comercial brasileira relativos ao período janeiro-outubro de 97, acrescentou Leomar Quintanilha, "indicam a timidez da nossa política externa com relação à África": exportações de l,2 bilhão de dólares, contra importações de l,6 bilhão de dólares. Com a Ásia, nesse mesmo período, comparou o parlamentar, o intercâmbio do Brasil alcançou exportações de 6,7 bilhões de dólares e importações de 7,8 bilhões.

Ao recordar que o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso, à época em que era chanceler, pregava a necessidade de o Brasil estreitar relações comerciais com a África, Quintanilha lamentou que hoje "o que se vê são apenas ações no sentido da consolidação da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, relançada em 1993 com a assinaturade um Tratado de Desnuclearização da região". O senador fez apelo formal no sentido de que o governo busque "inaugurar uma nova fase de intercâmbio comercial entre o Brasil e a África".



16/12/1997

Agência Senado


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