Raimundo Colombo condena proposta do governo de taxar poupança



É totalmente inaceitável, na opinião do senador Raimundo Colombo (DEM-SC), a proposta do governo federal de taxar em 22,5% os rendimentos da poupança a partir do ano que vem. Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (23), o senador manifestou a sua posição totalmente contrária a qualquer tentativa de criação de novos impostos, e elogiou recente discurso de seu colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) sobre o tema.

- É impressionante como é incontrolável a vontade arrecadadora deste governo que, no entanto, não se preocupa em controlar os gastos e distribuir melhor o que arrecada - protestou Colombo, lembrando as dificuldades financeiras por que vêm passando as prefeituras.

Raimundo Colombo ressaltou que a crise das prefeituras foi causada pela queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ele lembrou que, devido à crise financeira internacional, o governo decidiu isentar vários produtos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que teve como consequência a queda na arrecadação de tributos que integram o FPM.

- Essas prefeituras foram afetadas porque o governo fez gentileza com o chapéu alheio ao conceder isenção de IPI - criticou Colombo.

Para ele, porém, essa situação não pode ser solucionada pelo aumento dos impostos, ainda mais sobre aplicações como a poupança, que é uma tradição entre os brasileiros. A intenção, se levada a cabo, alertou Colombo, vai gerar insegurança na população.

- Não tem que taxar a poupança coisa nenhuma; tem é que taxar os bancos e ser mais austero e controlador dos gastos públicos - defendeu o senador.



23/09/2009

Agência Senado


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