RAMEZ TEBET ELOGIA INAUGURAÇÃO DA PONTE UNINDO SÃO PAULO A MATO GROSSO DO SUL
"Nos últimos dias, o Brasil ganhou um novo mapa", afirmou o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) ao elogiar, hoje (dia 3), a inauguração da ponte sobre o rio Paraná, ligando São Paulo a Mato Grosso do Sul. Segundo Tebet, o Brasil aumentou seu território sem litígio, numa mágica que atende pelo nome de Ferronorte.
O senador destacou a parceria entre a iniciativa privada e o governo federal na maior obra de engenharia que estava em construção no Brasil. Ele lembrou a audácia, a postura destemida e a crença no futuro do Brasil que levaram o empresário Olacir de Moraes a construir a ponte "com o poder público, que, compreendendo o arrojo da iniciativa, estendeu a mão".
A ferrovia terá extensão total de 5 mil quilômetros, e beneficiará, segundo o senador, uma área de 50 milhões de hectares agricultáveis e produtivos. A ponte, que "muda o mapa econômico e social do país", realizou o sonho manifestado em 1901 pelo escritor e jornalista Euclides da Cunha.
O pronunciamento de Tebet motivou vários apartes. O senador Júlio Campos (PFL-MT) ressaltou que a ferrovia - que deve chegar a Cuiabá em dois anos e meio no mais tardar - diminuirá o custo do transporte entre 25% e 35%. Campos elogiou o papel dos ex-governadores Fernando Correia da Costa e Lucas Nogueira Garcez e do ex-senador Vicente Vuolo na luta pela interiorização do país.
O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) enalteceu os esforços doentão governador Orestes Quércia para a construção da ponte. Para o senador, não fosse "o tirocínio e a capacidade executiva" de Quércia, a ponte não existiria até hoje. Bezerra ressaltou também que foi ele, senador, quem conseguiu o maior aporte de recursos federais para a obra - R$ 170 milhões, em 1997.
Para Carlos Bezerra, a ponte rodoferroviária cria "o primeiro conjunto intermodal inteligente do Brasil". Com ela, o custo da tonelada transportada cai de R$ 88,00 para R$ 63,00, podendo declinar para R$ 33,00 quando a ferrovia chegar a Cuiabá. O senador disse ainda que a obra vai transformar o Brasil no maior produtor de alimentos do mundo. Para ele, apenas Mato Grosso atingirá a produção total de grãos do Brasil hoje, de mais de 80 milhões de toneladas.
O senador Romeu Tuma (PFL-SP) destacou que o empresário Olacir de Moraes sacrificou boa parcela de sua economia investindo na construção da ponte. Por sua vez, o senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) lembrou que o empresário foi "alvo de muita zombaria" quando sua trajetória estava descendente. Pinheiro lembrou também que a ponte deveria ter sido construída em dois anos e meio, mas o atraso da liberação de verbas em período de inflação alta estendeu o prazo para oito anos.
Já Mauro Miranda (PMDB-GO) agradeceu também o empenho do presidente Fernando Henrique Cardoso na finalização da obra. Ele aproveitou para ressaltar outros esforços do presidente, como a ligação férrea de Goiânia ao Porto de Tubarão, o gasoduto da Bolívia, e a inauguração de duas hidrelétricas, de Corumbá e de Serra da Mesa. Destacou ainda a duplicação da ligação rodoviária entre Goiânia e São Paulo e a interligação de todo o Brasil por fibras óticas.
Finalizando seu discurso, Tebet afirmou que é preciso que os trilhos também levem uma coerente e eficaz política de desenvolvimento regional, reduzindo as distâncias entre os estados mais ricos e os mais pobres.
03/05/1998
Agência Senado
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