Raupp faz apelo às autoridades federais pela liberação de licenciamento ambiental das usinas do Rio Madeira



O líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), fez um apelo em Plenário às autoridades federais para que liberem a licença ambiental necessária para os projetos de construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, ambas situadas ao longo do rio Madeira, na Amazônia. Raupp fez o apelo por entender que o seu estado tem um grande potencialhidráulico e por acreditar que o país está na iminência de um novo "apagão energético".

O parlamentar defendeu também a construção da usina de Belo Monte, no Pará, e dos gasodutos Coari-Manaus (já iniciado) e Urucu-Manaus.

- O impacto ambiental é muito menor que usina a diesel, como há hoje em toda a Amazônia - afirmou o parlamentar. Além de criticar investimentos em energias danosas ao meio ambiente, Raupp acentuou que os projetos nacionais de energia nuclear estão com suas obras paralisadas.

Na defesa de investimentos para a região Norte, com destaque para Rondônia, Raupp relatou que manteve encontros com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis(Ibama), Marcus Barros, e com o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. O parlamentar também deverá discutir o assunto com o presidente Renan Calheiros.

Nesses encontros, segundo informou Raupp, foram mobilizadas diversas lideranças de Rondônia, uma vez que os empreendimentos do Rio Madeira interessam diretamente aos empresários de Porto Velho e de todo o estado. Estão em Brasília, além dos membros da bancada federal do PMDB, vereadores peemedebistas, dirigentes do Comitê pró-Usinas instalado por empresários, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Euzébio André Guareschi.

O senador manifestou ainda preocupação com a declaração do presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, ao Jornal da Globo, da Rede Globo, de que a empresa não pretende fazer grandes investimentos a partir de 2010, por não acreditar na geração de energia elétrica.

Raupp afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi beneficiado até agora pela natureza e por Deus pelo fato de as regiões onde se encontram as barragens não terem sofrido nenhuma estiagem, como ocorreu no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Caso isso tivesse acontecido, disse Raupp, o Brasil já estaria enfrentando um novo racionamento energético. O senador recordou que vem fazendo essa advertência da tribuna há quatro anos.



30/05/2007

Agência Senado


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