Reforma política deve tratar também das relações entre Legislativo e Executivo, defende Pedro Taques



Matéria ampliada em 22/02/2011 às 14h45

A Comissão da Reforma Política deve ir além das questões diretamente associadas ao sistema político-eleitoral, para tratar também das relações entre o Legislativo e Executivo, inclusive de regras para a edição das medidas provisórias. É o que defende o senador Pedro Taques (PDT-MT), um dos 15 membros titulares da comissão instalada nesta terça-feira (22), em reunião presidida pelo presidente José Sarney, no Plenário.

Quanto aos pontos específicos da reforma política, Pedro Taques considera que seja importante decidir sobre o financiamento público das campanhas e se o voto será distrital puro ou distrital misto. Ele disse defender o fim das coligações em eleições pelo sistema proporcional.

Pedro Taques observou que seu partido está iniciando discussões internas para definir uma posição sobre a reforma. Para colaborar nesse debate, ele adiantou que está levantando as propostas que o partido defendeu durante os debates da última proposta de reforma política discutida no Congresso.

Ao destacar a importância da discussão em torno do financiamento público das campanhas, Pedro Taques observou que todos os grandes casos de corrupção nos últimos tempos estão ligados a processos eleitorais. Por isso, considerou que a reforma política seria "o pai e mãe de todas as reformas".

- A impunidade é a causa da corrupção e a corrupção está ligada ao sistema eleitoral, porque não existe almoço de graça. Quem financia o processo eleitoral com certeza vai querer alguma coisa em troca - concluiu o senador.

A expectativa do senador é de que o debate sobre a reforma avance, com a votação matéria ocorrendo no prazo mais rápido possível. Segundo ele, esse é o desejo do presidente do Sendo, José Sarney.

- O presidente está imbuído dessa vontade, para marcar sua gestão e mostrar que esta Casa está preocupada com os problemas que atormentam os brasileiros - afirmou Pedro Taques, incluindo a reforma política entre tais problemas.



22/02/2011

Agência Senado


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