Relator diz que Legislativo deve dar resposta rápida e eficiente à sociedade



O relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), disse que é chegado o momento de o Legislativo mostrar que é capaz de dar uma resposta rápida e eficiente à sociedade. Para isso, Lando defendeu a celeridade nos trabalhos da CPI. O senador mostrou-se preocupado com a pressão existente sobre o Congresso Nacional, cuja imagem, em sua avaliação, está bastante desgastada pelas sucessivas denúncias de envolvimento de parlamentares na prática de atos ilícitos.

Antes mesmo de iniciada a primeira reunião em que foi indicado relator da CPI, nesta quinta-feira (22), Amir Lando já dava sinais de estar ciente de sua escolha para a relatoria, ao manifestar sua preocupação com as atividades da nova comissão. Amir Lando disse que a CPI dos Sanguessugas deve adotar uma "metodologia de eficiência" e ter uma equipe técnica qualificada para realizar as investigações sobre a "venda de emendas parlamentares" de modo eficiente, célere, em tempo hábil e, sobretudo, comjustiça, para coletar as provas necessárias.

- É preciso fazer diligências de busca e apreensão de documentos, buscar os documentos na Polícia Federal e não ficar esperando um mês para que eles cheguem à CPI - frisou o relator.

O senador acrescentou que, diferentemente de outras comissões parlamentares de inquérito encerradas recentemente no Congresso, a metodologia de tomada de depoimentos da CPI que acaba de ser instalada deve priorizar a objetividade, extrair informações novas e evitar longas oitivas.

Amir Lando lamentou que os desvios de recursos para compra superfaturada de ambulâncias tenha ocorrido numa área tão sensível como a da saúde. Reiterou, no entanto, sua disposição de não permitir que a CPI se transforme em palanque eleitoral e espetáculo. Para impedir que isso aconteça, propôs a despolitização da comissão e a fixação do foco de trabalho nas investigações.

- Vamos deixar que os fatos falem por si próprios - disse o senador.

O parlamentar disse ainda que, embora a comissão já disponha de "rico manancial de documentos" colhido pela Procuradoria Geral da República e pela Polícia Federal, ao longo dos últimos dois anos, deve se organizar a fim de buscar documentos e autorizações para quebra de sigilos.

Agenda

Para dar maior agilidade aos trabalhos, Lando acredita que até o final da Copa do Mundo, dia 9 de julho, as reuniões deveriam ser diárias e, depois, poderiam ocorrer sempre às segundas e terças-feiras, que ele considera dias mais tranqüilos no Congresso.

22/06/2006

Agência Senado


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