REQUIÃO REIVINDICA LEGISLAÇÃO GARANTINDO DIREITO DE RESPOSTA RÁPIDA



O senador Roberto Requião (PMDB-PR) reivindicou nesta quarta-feira (dia 29) uma legislação que garanta direito de resposta rápida aos cidadãos que forem vítimas de calúnias e inverdades publicadas na imprensa. Referindo-se à reportagem em que a revista Veja acusa sua mulher, Maristela, de ter remetido ilegalmente dólares ao exterior, Requião garantiu que tomará todas as medidas para garantir o restabelecimento da verdade
.- Se não houver solução jurídica para a agressão que sofri do sr. Victor Civita e da revista Veja, eu a resolverei a seu tempo com chicotadas. Não sou de voltar atrás diante de uma ofensa e um desgaste político dessa natureza - enfatizou, reivindicando uma lei que obrigue os meios de comunicação a publicar uma retratação com o mesmo tamanho e destaque da reportagem original.
. Requião relatou em plenário ter recebido carta do procurador da República no município de Cascavel, Celso Antonio Três, isentando a esposa do senador de qualquer ilicitude. "Ele se solidariza comigo e pergunta onde estarão os R$ 260 milhões que a Editora Abril enviou ao exterior através das CC-5 (contas de não-residentes no país), isso numa época de equivalência dólar-real", afirmou Requião.
.Celso Antonio Três revelou ao senador ter sido procurado por repórter de Veja quando estava investigando remessas ilegais de dólares. "O próprio jornalista reconheceu, na ocasião, não haver evidências contra Maristela. Por isso, nada seria publicado, escreveu-me Celso Três. Mas os canalhas da editoria e da revista publicaram uma matéria dúbia, safada, tentando comprometer a honra de um senador da República", ressaltou.
.Roberto Requião instou a Receita Federal e a CPI dos Bancos a investigarem as atividades empresariais da Editora Abril, em especial suas remessas de dólares ao exterior, através das CC-5. "Meu desejo firme, deste momento em diante, é reunir provas e e documentos e trazer, mais cedo ou mais tarde, oportunamente, o pedido de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito que levante a atuação desse grupo de gângsteres internacional que atua no Brasil: o Grupo Abril", concluiu.

29/09/1999

Agência Senado


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