Relator do Orçamento promete dobrar recursos do Incor



O relator geral do Orçamento de 2007, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), afirmou nesta quarta-feira (13) que vai alocar mais R$ 50 milhões do Orçamento da União para o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (Incor), além dos R$ 50 milhões que já foram incluídos na proposta que será votada. Raupp fez a promessa aos diretores do instituto e a vários senadores durante uma audiência pública que estava sendo realizada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para debater os problemas financeiros do Incor e da Fundação Zerbini, que gerencia o Instituto.

-Estamos com um orçamento apertado para atender várias áreas, mas acredito que possamos passar os recursos do Incor para R$ 100 milhões - prometeu Raupp.

Ao parabenizar Raupp pela garantia, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) lembrou que a CAS apresentou uma emenda de comissão, assinada por todos os seus membros, para que o Incor seja beneficiado, em 2007, com R$ 200 milhões.

- A nossa expectativa é de que esse valor (R$ 100 milhões) seja dobrado mais uma vez para atender a nossa emenda - solicitou Tuma.

O presidente da CAS, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), afirmou que os R$ 200 milhões solicitados são uma forma de garantir financiamento público para o setor da Saúde, já que cerca de 80% dos atendimentos do Incor são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a viabilização da emenda "vai ajudar o Incor a resolver seus problemas financeiros".

Aloizio Mercadante (PT-SP) elogiou a garantia feita por Raupp e lembrou que o governo federal está garantindo também outros R$ 20 milhões ainda este ano, para ajudar o Instituto. Para Mercadante, no entanto, é preciso que essa atitude do Congresso Nacional e do governo seja acompanhada pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), credor do Incor, e pelo governo de São Paulo, que, segundo ele, deve pensar numa política "mais estruturante" para o Incor.

- O aporte que o governo de São Paulo está fazendo para o Incor é insuficiente e ainda não estou vendo nenhuma atitude diferente para o próximo ano. A minha expectativa é de que o novo governador se debruce mais sobre este tema - afirmou Mercadante.

Já o senador Tião Viana (PT-AC) sugeriu ao presidente da CAS que envie uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em nome da comissão, com o objetivo de assegurar a liberação para o Incor, em 2007, de pelo menos R$ 100 milhões. Para garantir que o instituto receba os R$ 200 milhões pleiteados pela emenda proposta pela CAS, Tião sugeriu ainda que outra carta seja enviada ao governador eleito por São Paulo, José Serra.

-Essa carta para o Serra tem o objetivo de que o governo de São Paulo assuma o compromisso de também repassar R$ 100 milhões para o Incor, que é um patrimônio do Brasil - afirmou Tião Viana, que é médico.



13/12/2006

Agência Senado


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