Renan diz que PMDB considera prioritária a reforma política



O presidente do Senado, Renan Calheiros, deixou a reunião em que o PMDB discutiu as indicações para as comissões permanentes da Casa dizendo que a prioridade do partido é a reforma política. Renan disse que essa reforma é básica para o fortalecimento dos partidos e dos programas partidários e para fazer o país avançar.

- Cada um aqui falou da necessidade de defender uma agenda, de priorizá-la. A bancada toda entende que a reforma política deve ser tratada prioritariamente, para que haja a substituição do sistema político, do sistema eleitoral. Essa é uma coisa que a sociedade compreende como necessária e mais do que nunca precisa ser feita - ressaltou.

Questionado sobre as razões pelas quais os projetos da reforma política, já votados no Senado, continuam aguardando deliberação na Câmara, Renan disse que ainda será discutido com os líderes partidários o que deverá ser feito para que os deputados votem essas matérias. E anunciou que conversará sobre o assunto com o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia.

- Eu tenho com o Arlindo um bom relacionamento. Chegou o momento de derrubarmos o muro virtual e cuidarmos das votações. Tivemos dois anos inusitados de crise. O Senado já votou uma reforma política profunda, com lista partidária, proibição de coligação proporcional, financiamento público, mas isso tudo foi votado como conseqüência da reforma, não como primeiro passo dela. Agora, nós temos um calendário. Vamos marcar uma reunião de líderes. Temos que discutir como retomar essa discussão da reforma política - adiantou Renan.

O presidente do Senado explicou que esses entendimentos poderão ser construídos como no passado, realizando-se o máximo de discussões em busca de acordos.

- Vamos reunir os presidentes dos partidos, envolver os líderes partidários nessa discussão, ver se precisamos concomitantemente votar alguma coisa no Senado ou mobilizar os partidos para que eles priorizem isso também na Câmara - informou.

Na mesma entrevista, Renan disse ainda que não discute ministérios com o governo. Ele disse que a reforma ministerial não lhe diz respeito, sendo assunto exclusivo dos partidos que formam a base de apoio ao governo.

- A minha função no partido não é partidária, é institucional. Tenho uma relação com o presidente da República, mas absolutamente institucional, de Poder para Poder. Eu não vou tratar da relação do PMDB com o governo. Esse papel não cabe a mim. Nessa reunião, o que se discutiu foi o que fazer com relação à conjuntura, como encaminhar essa plataforma do partido, como priorizar a discussão da reforma política, que é um anseio da sociedade. A reunião foi sobretudo isso - resumiu Renan.

06/02/2007

Agência Senado


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