Renan e Chinaglia discutem reformas políticas com presidente alemão
- Foi uma conversa em que ficaram claras nossas convergências, sobretudo a necessidade de estabelecermos com a União Européia, hoje presidida pela Alemanha, um aprofundamento de relações. Conversamos sobre as mudanças políticas que os Parlamentos do mundo precisam fazer. O nosso também, sobretudo no que diz respeito à previsibilidade, à sustentatibilidade política; isso tudo que ajuda a dar legitimidade, representatividade ao Parlamento - disse Renan.
Ao longo da conversa, o presidente do Senado mencionou proposta de emenda à Constituição de sua autoria destinada a impedir o governo de editar medida provisória capaz de alterar contratos. Ele disse que a iniciativa objetiva dar mais segurança jurídica a quem investe no Brasil, reduzindo a incerteza do investidor que receia a edição de normas legais capazes de alterar seus contratos.
Renan disse a Köhler que sua visita crescia em importância na medida em que o Brasil está às vésperas de estabelecer um diálogo de alto nível com a União Européia, com vistas à criação de uma parceria estratégica. O senador disse que o Brasil precisa de investimentos em infra-estrutura e que, politicamente, a visita de Köhler acontece em um momento especial.
- Precisamos intensificar essa agenda de natureza global para dar força às nossas relações bilaterais. O Brasil tem hoje como grande meta o crescimento sustentado e esperamos que a Alemanha contribua decisivamente para isso - ressaltou o presidente do Senado.
Depois de dizer que Renan e Chinaglia representavam as instituições que são a base da democracia brasileira, Köhler se interessou em conhecer as mudanças em votação no Parlamento. Chinaglia explicou então que tramitam na Câmara atualmente as reformas política, tributária e sindical - fundamentais no processo de modernização por que passa o Brasil. E acrescentou que, em relação à reforma política, o modelo alemão é uma referência a ser analisada.
O presidente alemão disse que a Europa acompanha com atenção o desenvolvimento brasileiro e defendeu o entendimento de que o crescimento econômico contemple sempre vastas camadas da população.
- Nós sabemos que o Brasil realiza reformas estruturais. A Alemanha e a Europa também precisam de reformas estruturais, a fim de estarem preparadas para o mundo da globalização.
Pouco antes do encerramento do encontro, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) presenteou Horst Köhler com dois livros de sua autoria: Renda Básica da Cidadania e Renda de Cidadania - A Saída é pela Porta. Vários senadores e deputados também falaram com Köhler sobre as relações Brasil-Alemanha.
08/03/2007
Agência Senado
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