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Devido a um rombo financeiro, o Aerus está sob intervenção e, desde 2006, o valor de aposentadorias e pensões pagas mensalmente aos ex-funcionários é de apenas 8% do valor devido, conforme as contribuições feitas ao longo dos anos por cada funcionário.

Representantes do grupo foram recebidos nesta quarta-feira (7) por Renan Calheiros, quando pediram apoio para marcar audiência com a presidente da República, já solicitada em requerimento assinado pelos senadores do Rio Grande do Sul, Pedro Simon (PMDB), Paulo Paim (PT) e Ana Amélia (PP); e pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

– Vamos conversar com a presidente Dilma para que tenhamos essa audiência e para que tenhamos uma solução para acabar com essa injustiça. O que for preciso fazer, nós vamos fazer – disse Renan, ao sair do encontro, na presidência do Senado.

Cerca de vinte e cinco representantes dos ex-aeronautas e ex-aeroviários estão em vigília no Congresso desde a terça-feira (6). No encontro com Renan, eles relataram que 850 integrantes do Aerus faleceram desde 2006, sem que tenham recebido as aposentadorias e pensões a que tinham direito. Informaram ainda que a idade média dos integrantes do fundo é de 75 anos e que morre um integrante a cada dois dias, tornando ainda mais urgente uma solução para o caso.

O grupo busca responsabilizar o poder público pela falta de fiscalização sobre o fundo de pensão, que resultou no rombo financeiro, e reivindica que a União assuma o pagamento do valor integral de aposentadorias e pensões, o que representaria R$ 25 milhões por mês.

No encontro com Renan, o senador Paulo Paim pediu a inclusão, na agenda positiva do Senado, do PLS 147/2010, de sua autoria, que estabelece as bases legais para que o governo possa pagar os benefícios do Aerus. O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com voto favorável do relator, senador Alvaro Dias, e está pronto para votação em Plenário.

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