Renan quer profissionalizar ainda mais o turismo no Brasil
O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), defendeu a profissionalização cada vez maior do setor de turismo no Brasil e apelou ao líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), para que apresse a apresentação de uma saída para o problema criado com o aumento da alíquota da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) de 3% para 7,6%, o que representa um impacto muito forte no setor.
Renan apresentou números da Organização Mundial de Turismo que indicam ser esta a atividade que mais cresce no mundo, tendo superado a indústria automobilística na geração de receitas, com um faturamento aproximado de US$ 3,6 trilhões, ou cerca de 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. "São quase dois bilhões de viajantes, o que gera mais de 260 milhões de empregos em todo o mundo", disse o líder do PMDB.
- Estamos, portanto, diante do desafio de incrementar uma indústria que abriga 11% de todo o mercado mundial de trabalho, movimenta mais de US$ 500 milhões por ano, é a principal fonte de renda para 40% dos países e se inclui entre as cinco maiores atividades geradoras de riquezas em 83% das nações - disse Renan. Segundo ele, o desenvolvimento adequado da indústria do turismo no Brasil produziria uma profunda mudança sócio-econômica no país, na renda e no emprego.
O senador disse que a mão-de-obra disponível depende ainda de qualificação profissional.
- O treinamento adequado propiciará emprego e este, por sua vez, criará renda para as famílias. Em todo o mundo, de cada dez empregos, um é gerado pela indústria turística - disse.
No Brasil, cada emprego direto criado no setor representa mais quatro indiretos. Renan informou que o Nordeste brasileiro vive um momento positivo, com diversos projetos de investimentos estrangeiros, principalmente de grupos portugueses.
Há ainda uma grande expansão de cruzeiros marítimos e mais oportunidades para que as cidades mais bem situadas apostem no turismo de negócios e no ecoturismo.
- A temporada de verão 2003/2004 trouxe um recorde de vôos para a região Nordeste. Semanalmente, estão chegando, em sete cidades nordestinas, 42 vôos charter, de 14 países. Um aumento de 133% em relação à temporada anterior.
A Argentina é a procedência da maioria dos turistas que buscam o Nordeste. Em seguida, aparecem Portugal, Escandinávia, Itália, Holanda, Uruguai, Chile, Espanha, França e Suíça. Até mesmo da República Tcheca, da Bolívia e da Guiana Francesa têm chegado turistas.
Apesar de Maceió, capital de Alagoas, ainda estar construindo um aeroporto internacional, a procura pelo estado aumentou 51%. Em aparte, o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) lembrou que está mais barato para um turista brasileiro ir à Argentina do que visitar outras regiões do país.
29/01/2004
Agência Senado
Artigos Relacionados
OSMAR DIAS QUER PROFISSIONALIZAR NOMEAÇÃO DE MINISTROS PARA O TCU
Valorização do dólar pode aquecer ainda mais mercado do turismo, diz ministro
Renan quer turismo em bases sustentáveis
Caso Renan: Almeida Lima quer reunião da CCJ ainda nesta quarta-feira
Pentatlo quer investir ainda mais nos jovens em 2014
Lobão quer incremento do turismo no Brasil