Renan se diz indignado com 'campanha de imposturas' e declara respeito a Jefferson Péres e Agripino
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, fez um pronunciamento em Plenário, nesta terça-feira (14), reiterando sua indignação com a "campanha de imposturas" de que tem sido vítima por parte de alguns veículos de imprensa, especialmente a revista Veja. Renan também tentou dirimir as tentativas de indispô-lo com outros colegas senadores, entre eles senador Jefferson Péres (PDT-AM) e José Agripino (DEM-RN).
- Não vão conseguir me intrigar ou me indispor com ninguém. Declaro de público, para desfazer de uma vez por todas essas notas jornalísticas maldosas, que tenho muito apreço e total respeito pelo senador Jefferson Péres, caráter sem jaça, referência moral, figura ímpar a quem reconheço como paradigma a ser seguido - afirmou.
Renan disse ainda ter muito apreço e admiração pelo senador José Agripino, ainda que às vezes ocorram "tensionamentos políticos" entre os dois. O parlamentar assegurou que nunca tentaria intimidar seus pares, a quem considera amigos, já que é adepto do diálogo.
- Desprezo qualquer forma de rancor e tenho profundo respeito por todos os meus pares. Não cometeria a imprudência e a indignidade de constranger alguém. Fiquem certos de que não tenho alma ou pendor para inquisidor - declarou.
Na opinião de Renan, a revista Veja, com a cumplicidade de seus adversários regionais, vem publicando matérias indignas para manter incógnita a transação bilionária envolvendo o Grupo Abril, dono da revista e da TVA, canal de TV a cabo que foi vendido para uma empresa estrangeira, o que afronta a lei brasileira. Esses adversários e a publicação, explicou, tentam manchar sua imagem, trazendo a disputa regional para o Senado, tentando "desestabilizar a presidência do Senado Federal".
Renan negou possuir rádios, negócios e patrimônios "subterrâneos" ou qualquer "sociedade secreta". Argumentou que todas as acusações que geraram as representações ao Conselho de Ética - três no total - são inconsistentes e inverídicas e que, para confrontá-las, apresentou todos os documentos necessários. Disse confiar na isenção dos senadores para votá-las e reiterou que não reviverá o processo de Sócrates, "condenado a beber cicuta na prisão de Atenas, por um tribunal político que o julgou em nome de ressentimentos e por motivos distanciados da verdade".
14/08/2007
Agência Senado
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