REPRESENTANTES DOS BINGOS DESTACAM INVESTIMENTO NO ESPORTE AMADOR



Na reunião da comissão mista destinada a examinar e deliberar sobre a medida provisória que institui taxas de R$ 4 mil para funcionamento de bingos eventuais e de R$ 6 mil para permanentes, o presidente do conselho da Associação Brasileira de Bingos, Olavo Sales da Silveira, destacou a importância dos recursos dos bingos para o esporte amador no Brasil.
- Os bingos empregam formalmente e investem no esporte. O dinheiro dos bingos não faria grande diferença no futebol, mas mesmo os pequenos recursos vêm garantindo crescimento no esporte amador. O Brasil enviou o maior grupo de atletas olímpicos de sua história às últimas olimpíadas e no último Pan Americano ultrapassou pela primeira vez a Argentina em número de medalhas - destacou.
Silveira afirmou que as denúncias feitas contra os bingos, se verdadeiras, atingem uma parcela mínima das casas existentes no Brasil. "A maioria dos empresários donos de bingos são honestos e têm origem modesta", disse. Silveira explicou ainda que a situação irregular dos bingos se deve, geralmente, à demora do Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto (Indesp) no exame de processos. "Às vezes o Indesp leva mais de um ano para analisar um processo", afirmou.
O presidente da Associação Nacional de Bingos e Jogos, Nilton Servo, lembrou que os empresários foram autorizados por lei a investir no setor e agora vêem sua classe apontada como narcotraficantes na imprensa. "Isso é uma vergonha, uma humilhação". O empresário reclamou da falta de estrutura do Indesp para fiscalizar e controlar o funcionamento dos bingos, informando que há estados onde os empresários nem têm onde ir para conseguir uma autorização de funcionamento.
Servo defendeu a liberação do jogo no Brasil, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos e na Europa. "Queremos segurança, impostos justos, gerar emprego. Nos acusam de lavagem de dinheiro mas pagamos prêmios de R$ 10, R$ 20, R$ 100. Lavagem de dinheiro se faz com grandes prêmios, como os da Telesena", afirmou.
O representante da Associação de Bingos de Goiás, Manoel Martins, afirmou que o que está em jogo é a situação de uma classe empresarial vítima de uma campanha de difamação da imprensa. Martins disse não ter conhecimento de nenhum mafioso entre os donos de bingos.
A MP 2.011-4, examinada pela comissão, proíbe ainda o controle de dois ou mais clubes esportivos por uma mesma empresa. A comissão é presidida pelo deputado Ronaldo Vasconcellos (PFL-MG) e tem como relator o senador Maguito Vilela (PMDB-GO).
O deputado Gilmar Machado (PT-MG) trabalhou como relator ad hoc e questionou a diferença entre os bingos eventuais e permanentes. Olavo Silveira explicou que os bingos eventuais podem oferecer prêmios em bens e precisam de autorização a cada evento.

17/02/2000

Agência Senado


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