REQUIÃO CRITICA JORNALISTA QUE DEFENDEU MENDONÇA DE BARROS
Referindo-se a artigo assinado por Mauro Chaves e publicado nesta sexta-feira (dia 27) no jornal O Estado de S.Paulo, em defesa do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) refutou o que no seu entender consiste uma tentativa de ridicularizar a sessão do Congresso em que se realizou a inquirição do ex-titular das Comunicações.Em seu artigo, Mauro Chaves afirma que Roberto Requião considera o termo "babaca", ouvido na transcrição do grampo que gravou as conversas de Mendonça de Barros, como incompatível com o decoro parlamentar. O articulista sustenta que o dicionário de Aurélio Buarque grafa o termo como boboca, que por sua vez é sinônimo de bobo. Chamando o colunista de "jornalista, advogado, dramaturgo, produtor cultural e gaiato", Requião respondeu que, no sentido grafado por Aurélio, "babaca é o Mauro Chaves, que precisou recorrer ao dicionário para tentar entender o que significa, na linguagem brasileira, o termo babaca".Na análise do senador, em seu artigo, Mauro Chaves "debocha do senador Pedro Simon (PMDB-RS), ridiculariza os argumentos do senador Jefferson Péres e procura transformar Mendonça de Barros numa espécie de inatacável varão da pátria, que teria como único pecado a falta de coragem em se defender no plenário do Senado e imediatamente desistir do seu cargo de ministro, via renúncia".Depois de ler o trecho em que o jornalista explana o termo babaca, Requião sugeriu a Mauro Chaves recorrer "àquilo que o presidente Fernando Henrique Cardoso, nos seus momentos de inspiração, chama de a voz rouca das ruas". E explicou que a conotação própria de "babaca" é a do dicionário comum, ou seja, a do uso trivial da palavra. - E eu deixo à escolha do Sr. Mauro Chaves, se o seu artigo, o seu texto e a sua opinião é um texto "babaca", na versão do Aurélio, ou é um texto "babaca" no sentido que lhe dá o Macaco Simão ou a voz das ruas.
27/11/1998
Agência Senado
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