REQUIÃO DENUNCIA DESVIO DE DINHEIRO NO PARANÁ
De acordo com o documento lido por Requião, em março de 1998, Dioniltro Rubens Pavan, presidente da Companhia Telefônica de Londrina, informou a Waurides Brevilheri Júnior que havia uma empresa disposta a colaborar para a candidatura ao Senado de Emília Salles Belinati, mas que necessitavam de uma nota fiscal de empresa idônea.
Como a Metrópole Propaganda já manifestara interesse em participar da concorrência para a escolha das agências de publicidade que atenderiam à Companhia Telefônica, Dioniltro Rubens Pavan sugeriu que esse ato de boa vontade reforçaria a confiança na empresa.
Foi então redigida no talão da Metrópole Propaganda nota fiscal no valor de R$ 323 mil, emitida contra a empresa Inepar S.A Indústria e Confecções, que mantém parceria econômica com empresa dirigida por Dioniltro Rubens Pavan. Para Roberto Requião, esse fato demonstra bem como "lá no Paraná, o pessoal ligado ao governo e à vice-governadora mete a mão em recurso público".
O senador disse ter informações de que uma parte desses recursos serviu para comprar um apartamento em Curitiba, em nome do deputado estadual Antonio Belinati, filho da vice-governadora. Também da tribuna, ele apresentou a nota fiscal da empresa Metrópole contra a Inepar, a qual deu origem ao faturamento desses R$ 323 mil. Requião observou que essa é uma notícia que o jornal Gazeta do Povo não publica. Também antecipou que, depois da Páscoa, trará mais documentos revelando atos de corrupção no Paraná.
19/04/2000
Agência Senado
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