REQUIÃO PROTESTA CONTRA DECISÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL
- Ou estamos diante de má fé cínica, ou de ignorância córnea - disse Requião, classificando de "piadas" as sentenças dos juízes eleitorais Lenice Bodstein e Joatan Marcos de Carvalho, ambos de Curitiba.
De acordo com o senador, que levou à tribuna cópias de diversas decisões, a juíza Lenice chegou a proibir que se fizesse qualquer alusão, no programa eleitoral do PMDB, ao candidato adversário, no caso o atual prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL). Apesar de Lenice posteriormente retratar-se, sua decisão prejudicou a programação de Maurício Requião, candidato a prefeito e irmão do senador.
Também foi concedido direito de resposta mesmo reconhecendo-se que não havia injúria, calúnia ou difamação.
- Ela proibiu a oposição no Paraná - afirmou Requião, explicando que os adversários "invadiram" o tempo do programa do PMDB, pelo simples fato de terem sido mencionados. Em uma das situações, a simples divulgação de uma pesquisa da revista Istoé, que avaliava a popularidade de governadores e prefeitos, justificou a concessão de espaço para uma resposta do governador Jaime Lerner.
O senador criticou ainda a decisão do juiz Joatan, da 140ª Zona Eleitoral, que impediu a remessa de cartas do senador a seus eleitores, tidas como "propaganda irregular".
- Este juiz quer calar minha voz de senador da República - afirmou, garantindo que apresentará projeto para extinguir a Justiça Eleitoral no país. Segundo Roberto Requião, somente a Costa Rica, além do Brasil, tem uma Justiça Eleitoral semelhante: em outros países, são nomeadas juntas eleitorais.
Ele criticou também as articulações da cúpula do PMDB para a filiação do governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, assim como o apoio que é dado ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Para Requião, essas ações distanciam o partido, cada vez mais, do "velho MDB".
30/08/2000
Agência Senado
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