Requião critica decisão da Justiça Eleitoral de aprovar contas do prefeito de Curitiba
Segundo Requião, os problemas com as contas do prefeito Taniguchi começaram quando a Justiça Eleitoral homologou a prestação de contas apresentada pelo PFL sem parecer prévio do Ministério Público. Depois de o TRE do Paraná haver anulado essa decisão, a pedido do próprio Ministério Público, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, Expedito Reis do Amaral, resolveu aprovar, na última terça-feira, os gastos encaminhados pelo partido.
"O juiz convalidou a posse de um prefeito corrupto mesmo depois de uma denúncia pública e notória no país", declarou Requião, em referência à movimentação de R$ 29,8 milhões extra-caixa na campanha de Taniguchi. O senador peemedebista considerou oportuno trazer essa questão ao Senado no momento em que se discute a Reforma do Judiciário.
INQUÉRITO
Ainda sobre a política no Paraná, Roberto Requião se disse perplexo ao saber que o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou inquérito contra ele por suposta prática de crime eleitoral durante a eleição para o governo do estado em 1998. A denúncia teria sido apresentada pelo TRE e estaria baseada no argumento de que Requião havia utilizado a bandeira do Paraná em panfletos eleitorais.
"Se o brasileiro não pode usar a bandeira de seu estado ou do seu país, que bandeira poderia usar?", indagou, dirigindo seu questionamento ao presidente do STF, ministro Marco Aurélio Mello. Requião disse não se lembrar se usou ou não a bandeira parananense em material de campanha, mas considerou a medida do STF descabida, afirmando que Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Leonel Brizola usaram símbolos e cores nacionais em suas campanhas à Presidência da República.
08/11/2001
Agência Senado
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