Requião se diz contrário à cassação de Arruda e ACM



O senador Roberto Requião (PMDB-PR) manifestou-se nesta terça-feira (dia 8), durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), contrário à aplicação da pena máxima (de cassação) para os senadores José Roberto Arruda (sem partido-DF) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). A posição do senador paranaense foi revelada durante comentários que fez sobre a ausência de políticas governamentais em defesa do interesse nacional.

Para Requião, a privatização do setor de energia elétrica promovida pelo atual governo serviu somente para enriquecer grupos de forma extraordinária, garantindo ainda a remessa de divisas para o exterior, o que tem criado mais dificuldades ao balanço de pagamentos do país.

Lembrando seu tempo de seminarista, o senador disse que falhas como as atribuídas aos senadores Arruda e Antonio Carlos (violação do painel eletrônico) provavelmente receberiam do reitor do seu seminário o castigo de uma tarde inteira de joelhos em caroços de milho, repetindo centenas de vezes a frase: "Não violo mais o painel, não violo mais o painel..." Em seguida, os faltosos seriam encaminhados para a aula de catecismo. No dia seguinte, ambos retomariam normalmente suas atividades e seus afazeres.

Para qualquer caso de corrupção, entretanto, Requião disse que o castigo a ser definido pelo Irmão Leão, então reitor do seminário, seria, certamente, a pena máxima, a expulsão dos alunos faltosos do colégio. Ao discutir a cassação dos senadores Arruda e ACM sob a acusação de terem ambos violado o painel eletrônico do Senado, "estamos divertindo a opinião pública", opinou o parlamentar.

08/05/2001

Agência Senado


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