Reunião da Mesa discutirá nepotismo e caso de servidores denunciados pelo MP, confirma Garibaldi



A ação proposta pelo Ministério Público contra dois servidores do Senado, por suposta participação em esquema de fraude em licitações para contratação de mão-de-obra terceirizada na Casa, será analisada na reunião da Mesa do Senado marcada para as 14h desta terça-feira. A pauta foi confirmada no horário do almoço pelo presidente Garibaldi Alves Filho, ao informar que também será discutida a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o nepotismo e a conseqüente exoneração de parentes contratados sem concurso público.

Na opinião do presidente, os senadores que têm de demitir parentes por eles contratados ainda não tomaram essa decisão por estarem envolvidos com a campanha eleitoral para os municípios brasileiros. Garibaldi disse que o assunto não gera muita preocupação, uma vez que os integrantes da Casa já estão respondendo à determinação do STF. Ele afirmou que, além dos casos já registrados, são muito poucas as ocorrências de nepotismo no Senado.

Em seguida à reunião da Mesa do Senado, Garibaldi reúne-se com os líderes partidários, e, segundo informou, vai defender a votação dos projetos que estão prontos para entrarem na pauta. Ele reconheceu que a pauta está com "um acúmulo de matérias muito grande", mas afirmou que a definição das votações é uma decisão que resulta da articulação do colégio de líderes.

- Vou defender que se vote o que estiver na pauta para que possamos ter um saldo positivo, hoje, amanhã e esta semana, das votações - disse Garibaldi.

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de votar as propostas de emenda à Constituição que propõem a redução da maioridade penal - PECs 20/99, 18/99, 3/01, 26/02, 90/03 e 9/04 -, o presidente do Senado disse que vai sugerir ao colégio de líderes a inclusão dessas matérias na pauta.

Crise financeira

O presidente do Senado também afirmou que o Congresso Nacional está acompanhando a crise econômica mundial na esperança de que seus efeitos não atinjam o Brasil de forma intensa. Garibaldi informou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, poderão vir ao Senado discutir o assunto com os senadores, possivelmente na próxima semana.

No começo da manhã desta terça-feira, Garibaldi Alves, ainda, recebeu o presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, André Montoro Filho.



14/10/2008

Agência Senado


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