Reuniões com o governo vão acelerar trabalhos da CPI do Banestado



O presidente da comissão parlamentar de inquérito que investiga a evasão de divisas do país por meio das chamadas contas CC-5, a CPI do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), informou nesta quinta-feira (10) que, para acelerar os trabalhos de investigação, os integrantes do colegiado manterão reuniões semanais com as áreas do governo envolvidas na apuração do caso, como o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público da União.

Os integrantes da força-tarefa que se encontra no Paraná estão procurando atender a todos os procedimentos exigidos pelas autoridades americanas para instruir os processos e enviar as informações aos Estados Unidos em agosto, segundo informação de Antero, que fez um relato sobre a reunião que vários integrantes da CPI tiveram na quarta-feira (9) com o procurador-geral da República, Cláudio Fontelles. -As autoridades brasileiras estão se esforçando para antecipar esse prazo-, disse o presidente da CPI.

Toda a documentação sobre o Banestado, levantada pelo delegado José Francisco Castilho e por outros servidores da Polícia Federal, não é considerada documentação oficial porque não teve a chancela dos Estados Unidos, conforme informação de Antero à CPI. Em resposta ao deputado Robson Tuma (PFL-SP), o presidente da CPI esclareceu que, apesar da invalidade jurídica, os documentos são verídicos. -O governo brasileiro está empenhado em validar essas provas-, afirmou.

Ainda de acordo com o relato de Antero, o procurador-geral da República sugeriu que a CPI mantenha sua presença em Curitiba e Foz do Iguaçu. -O que vamos providenciar-, informou. Outro pedido formulado por Fontelles é o -cuidado para que a CPI apresente documentação seletiva, para não dificultar os trabalhos do Ministério Público da União-. A Receita Federal possui, sempre segundo o senador, uma extensa lista de nomes suspeitos de irregularidades para cruzar com outras bases de dados, para constatar a evasão de divisas pelas contas de não residentes - as chamadas CC-5.




10/07/2003

Agência Senado


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