Ricardo Santos defende crescimento sustentado
O senador Ricardo Santos (PSDB-ES) reivindicou, nesta quarta-feira (27), ações governamentais que garantam o crescimento sustentado da economia brasileira. Ricardo Santos lembrou que o país já alcançou a estabilidade de preços, devendo, agora, trabalhar para crescer e diminuir a desigualdade social. Na avaliação do senador, o Brasil não pode se contentar com taxas médias crescimento de 2,5% anuais.
Como forma de garantir o desenvolvimento sustentado, o senador defendeu a continuidade da melhoria das contas públicas, o aumento da poupança interna; a redução da dependência de recursos externos; a implementação de reforma tributária ampla; a melhoria continuada de qualificação dos recursos humanos e dos padrões tecnológicos da produção nacional; a construção de uma rede social eficaz, e a redução duradoura da taxa de juros interna.
Ricardo Santos disse que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de baixar a taxa básica para 18,5% é alvissareira, mas ainda é pouco. Ele reconheceu que alguns dos componentes da taxa não dependem do governo, tais como taxa de juros externos e o spread cobrado em função do risco Brasil. Influem, ainda, na composição dos juros as expectativas sobre a inflação e a desvalorização cambial.
O senador lembrou, no entanto, que a taxa básica é substancialmente menor do que as taxas praticadas na ponta, para o tomador final: os empresários e os consumidores. Entre os fatores que conspiram para inflar os juros finais estão o excesso de tributos incidentes nas operações financeiras, o nível de inadimplência nas operações de crédito, os custos administrativos dos bancos e a falta de transparência do mercado financeiro, que inibe a competição entre os bancos.
A redução substancial dos juros na economia, ressaltou Ricardo Santos, é fundamental para alavancar o crescimento econômico do país, trazendo geração de empregos e melhorando a distribuição de renda. Ele também destacou a importância da queda de juros para a dívida da União, dos estados e dos municípios.
27/03/2002
Agência Senado
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