Ricardo Santos quer debater restrições à importação de aço pelos EUA
Para Ricardo Santos, há uma contradição entre as recomendações dos países ricos incentivando mais fluxo de comércio internacional e a adoção crescente de medidas protecionistas por parte dessas mesmas nações - em especial Estados Unidos e União Européia -, que bloqueiam o acesso dos países mais pobres e emergentes aos seus mercados.Z O caso do aço brasileiro é um exemplo desse problema, disse o senador. Com a posse do presidente George W. Bush, as pressões da indústria minero-siderúrgica norte-americana voltaram-se contra a importação dos semi-elaborados do aço brasileiro, que somaram US$ 630 milhões no ano passado.
O governo norte-americano iniciou, no dia 22 de julho passado, uma nova investigação da Comissão de Comércio Internacional para determinar a existência de prejuízo ou ameaça a esse setor industrial. Caso a comissão considere a denúncia procedente, os Estados Unidos podem decidir subsidiar as indústrias afetadas e impor restrições à importação do aço brasileiro. "Trata-se de uma ameaça concreta às nossas exportações", advertiu Ricardo Santos.
O governo brasileiro, conforme o senador, evoluiu de uma ação nos bastidores para uma atuação mais visível e enérgica. O Senado, por sua vez, pode e deve contribuir no esforço de proteção ao aço brasileiro, assim como deve também trabalhar pelas exportações brasileiras de fumo, suco de laranja e outros produtos agrícolas que enfrentam concorrência de produção altamente subsidiada pelos Estados Unidos e União Européia.
Em aparte, o senador Paulo Hartung (PPS-ES) concordou com a necessidade de o Senado ter presença nos temas ligados ao comércio exterior. As exportações brasileiras não aumentam mais, embora tenham preço e qualidade, em função da imposição de barreiras não-tarifárias, na sua opinião. Também em aparte, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) afirmou que governo e empresários precisam empreender uma cruzada para a decolagem das exportações brasileiras.
15/08/2001
Agência Senado
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