Ritmo de votações deve ser mantido no segundo semestre, diz Vanessa



A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) elogiou, nesta sexta-feira (12), o trabalho do Senado pela aprovação de vários projetos da agenda positiva estabelecida pelo presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Na opinião da senadora, o segundo semestre precisa seguir no mesmo ritmo do último mês e o Senado deve enfrentar as polêmicas de projetos e medidas provisórias, como a Medida Provisória (MP) do programa Mais Médicos.

Para Vanessa, o primeiro semestre de 2013 ficará marcado na história do país devido às manifestações que ocuparam as ruas em junho. A senadora disse que cabe sobretudo ao Poder Legislativo entender quais são os anseios da população para que reformas sejam promovidas.

A senadora amazonense comentou que, prestando atenção ao balanço sobre as matérias aprovadas, feito ontem por Renan, percebeu como o Senado tem promovido mudanças importantes nas leis do país.

– Apesar de estarmos aqui votando, não nos preocupamos muitas vezes em fazer uma junção de todos os projetos debatidos e aprovados. Feito isso, nós percebemos o quanto a gente vem promovendo mudanças importantes na legislação brasileira – disse.

Grazziotin disse ainda que as manifestações das ruas pedem qualidade de vida nas cidades. Ela entende que as principais mudanças precisam ocorrer na mobilidade urbana e na saúde. Ela disse que a MP do programa Mais Médicos é polêmica, mas precisa ser debatida pela Casa.

- Não adianta dizer: os médicos brasileiros são contra a vinda de médicos de fora, são contra ampliar em dois anos o curso de medicina. Vamos debater isso. O projeto não significa exatamente a sua aprovação integral da forma como aqui chegou. – afirmou.

Em aparte ao discurso de Vanessa, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), que é médico, criticou o governo por ter enviado a medida provisória com a extensão de dois anos do curso de medicina, surpreendendo os senadores e a entidade médica.

– Os reitores das universidades não foram consultados. Na conversa que se teve com entidades médicas, por que não se falou disso? Depois o parlamentar que quer intermediar, que faz uma conversa séria, que coloca sua credibilidade para fazer isso, é surpreendido com esse tipo de decisão, sem uma consulta, sem nada – reclamou Moka.

Vanessa voltou a afirmar que as questões polêmicas precisam ser enfrentadas e defendeu o papel do Congresso Nacional de aprovar ou não os projetos e as medidas provisórias. Na opinião da senadora, o Congresso vive um momento importante, pois passou a analisar os vetos da Presidência da República, o que não era feito antes.

– A Constituição não foi cumprida desde que ela foi promulgada em 1988. Vamos iniciar o cumprimento da Constituição Federal, analisando, votando, em 30 dias, todos os vetos presidenciais. Isso é uma mudança muito profunda não na lei, mas no trabalho do Poder Legislativo – comemorou.

A senadora também defendeu a reforma política e afirmou que o Senado precisa ter coragem de enfrentar esse problema, pois foi o que a população pediu nas ruas. Para ela, a representação do povo no Congresso precisa ser mais igualitária.

– Esta casa que tem 81 senadores, só tem oito mulheres, num país onde 51% da população brasileira é mulher. Num país onde quase a metade da produção brasileira sai de mãos femininas e nós estamos alijadas do empoderamento neste país – concluiu a senadora.



12/07/2013

Agência Senado


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