Roberto Cavalcanti chama atenção para deterioração da infraestrutura aeroportuária



A deterioração da infraestrutura aeroportuária e a ausência de investimentos para modernizá-la foi analisada nesta terça-feira (6), em Plenário, pelo senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB). Segundo ele, faltam à Infraero, que detém o monopólio da construção e exploração dos aeroportos brasileiros, recursos e condições técnicas para atender ao crescimento da demanda.

Para Roberto Cavalcanti, as razões para uma demanda aquecida vão do aumento da concorrência entre as companhias aéreas à ascensão da classe C. Os integrantes desse segmento social, "que não consumiam nada, de repente passaram a até viajar de avião", disse. O fato é que, na avaliação do senador, houve uma perda da capacidade de atender os passageiros e, ao mesmo tempo, o crescimento na demanda, que dobra a cada ano.

Citando matéria publicada pela revista Veja, o senador disse que uma comparação de desempenho entre os aeroportos de Guarulhos (SP) e de Londres mostra que o Brasil precisa melhorar a eficiência no atendimento aos passageiros. Operações mais eficientes do terminal londrino permitem a recepção de um número de passageiros 60% maior do que o contingente paulista.

Filas

Roberto Cavalcanti disse que um dos principais problemas dos aeroportos, no entender de especialistas, são as filas quilométricas em check-in. Segundo o senador, há filas no Aeroporto de Brasília que atingem 100 metros em horários de pico de embarque.

De acordo com a International Air Transport Association (Iata), a ocupação ideal para o mínimo conforto nas salas de embarque não deveria ultrapassar uma pessoa por metro quadrado. Em Congonhas, Porto Alegre, Brasília e Fortaleza, nos horários de pico, a média é bem maior, afirmou o senador.

Ele reclamou também da demora na retirada das bagagens, por conta das esteiras obsoletas. No Brasil, conforme explicou, são retiradas 600 bagagens/hora, enquanto no exterior são 2 mil bagagens/hora.

Copa

O senador disse que a Copa do Mundo de 2014 deve provocar um aumento de 49% no tráfego aéreo. Para enfrentar o problema, ele ressaltou que o governo anunciou um reforço de R$ 3 bilhões, que se somarão aos R$ 5,5 bilhões já prometidos para aeroportos de cidades que vão sediar a Copa.

- 2014 é amanhã. São muitas obras e pouco tempo para fazê-las. Preocupa-me a velocidade brasileira no tocante a materializar essa infraestrutura até 2014 - afirmou.



06/04/2010

Agência Senado


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