Roberto Freire diz que houve quebra de decoro parlamentar



O senador Roberto Freire (PPS-PE) declarou, durante a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que colocou em confronto os depoimentos dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) e da ex-diretora do Prodasen Regina Célia Peres Borges, que houve uma "violenta quebra de decoro parlamentar". Segundo Freire, mesmo que a acareação não tenha trazido nenhum fato novo, voltou a demonstrar a existência de um verdadeiro atentado contra a Constituição do país.

O senador pernambucano salientou a contradição entre as três versões, lembrando que foi montado um esquema para fraudar o painel do Senado. Ele comparou a violação do painel ao holocausto, que não tinha ordem que o determinasse.

- Tenho medo que, ao final, dona Regina, que acendeu o forno, seja colocada como a única culpada pelo holocausto. A ordem não aparece! - disse.

Freire disse que Antonio Carlos cometeu quebra de decoro parlamentar e pelo menos três crimes: prevaricação, condescendência criminosa e quebra de sigilo funcional. Para Freire, ao desconfiar de que poderia ter havido fraude na votação, como alegou Antonio Carlos em sua versão, o então presidente do Senado deveria abrir imediatamente um inquérito, para defender a instituição. "Quanto ao Luiz Estevão, poderíamos fazer outra votação", disse.

Em resposta, Antonio Carlos atacou Freire, dizendo que o senador pernambucano tem ódio político à sua liderança. Freire replicou, afirmando que sempre respeitou o senador baiano, mas que Antonio Carlos provocou um constrangimento nacional.

03/05/2001

Agência Senado


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