Roberto Freire sugere mais rigor para porte de armas



O senador Roberto Freire (PPS-PE) lamentou a decisão do governo de considerar como "crime menor" o porte ilegal de armas de fogo, retirando a possibilidade de prisão em flagrante do ofensor. Para agilizar a justiça, o governo federal deslocou para a alçada dos juizados especiais os crimes com penas até dois anos, entre eles o de porte ilegal de arma de fogo, classificando-o como de "baixo potencial ofensivo".

Ele argumentou que o porte ilegal de arma de fogo é de alto potencial ofensivo, uma vez que 90% dos assassinatos, seqüestros e outros crimes hediondos não podem ser cometidos sem armas de fogo.

Freire acompanhou autoridades de Pernambuco que vieram a Brasília para dialogar com a Comissão Mista Especial sobre Segurança Pública. "O estado está perplexo, porque a Secretaria de Segurança Pública implementou uma política efetiva de coibir porte ilegal de armas, tendo até sustado concessão de novas autorizações. Como resultado, obteve uma diminuição do número de ocorrências que está entusiasmando as autoridades", disse.

Com a decisão do governo federal, criou-se uma contradição que está paralisando o estado de Pernambuco. "A prisão em flagrante do portador ilegal de arma de fogo é parte indispensável de sua política de combater o crime. Em minha opinião, trata-se de um primeiro passo, e importante, para desarmar toda a sociedade, proibindo, cabalmente, a comercialização e o porte de armas de fogo no país", concluiu o senador.



27/02/2002

Agência Senado


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