Romário poderá ser candidato a deputado
Romário poderá ser candidato a deputado
Presidente do PPB, partido de Eurico Miranda, revela que atacante se filiou em segredo e admite concorrer .
Oatacante Romário, do Vasco, filiado ao PPB, pode se candidatar a um cargo político nas próximas eleições, segundo o presidente regional do partido, Gilberto Ramos.
Filiado desde o ano passado, Romário poderá exercer um mandato como o de deputado. O PPB é o partido do presidente do Vasco, o deputado federal Eurico Miranda, que defende os interesses do clube na Câmara. A legenda do PPB é 11, o mesmo número da camisa de Romário.
A candidatura depende de um cálculo que está sendo feito por Eurico. Como deputado federal, ele conta com imunidade parlamentar, o que é útil para um cidadão que enfrenta uma série de processos. No entanto, existe a possibilidade de cassação de Eurico, em processo por falta de decoro parlamentar. O desgaste da imagem do deputado também lhe dificulta a reeleição. Por enquanto, Eurico é candidato, mas é forte a possibilidade de que abandone a idéia.
Nesse caso, Romário é visto como o candidato ideal. Terá apoio da torcida vascaína e se elegerá com facilidade.
Empresário reconhece erros em depoimento
Sérgio Gomes, que dirigia carro em que Celso Daniel foi seqüestrado, admite que versão traz incoerências.
O empresário Sérgio Gomes da Silva, que estava com Celso Daniel na hora em que o prefeito de Santo André foi levado por seus assassinos, admitiu ontem que cometeu erros em seu depoimento, mas assegurou que não caiu em contradição. As falhas no depoimento fizeram com que um investigador dissesse, em entrevista à TV Record, que Sérgio é "o suspeito número um" nas investigações. Ontem, o empresário deu uma entrevista coletiva.
Durante a entrevista, perguntaram se não era contradição ele ter afirmado à polícia que as portas de seu carro, uma Pajero blindada, destravaram na hora em que o carro foi abordado pelos assassinos de Daniel. Perícia da polícia descartou qualquer problema no veículo. A Mitsubishi também.
"Não sou técnico, não sou mecânico e nem especialista", afirmou o empresário, que trabalhou com Daniel na prefeitura nos anos 80, e que jantou com ele horas antes do sequestro. "Só sei que na hora que o carro deles me abalroou e eu parei, as travas se abriram. Depois, travou (não conseguiu mais fechá-las)", afirmou.
Foi a primeira vez que Sergio Gomes da Silva falou à imprensa sobre o momento do sequestro do petista Daniel, cujo corpo foi encontrado no último domingo, em uma estrada em Juquitiba, na Grande São Paulo.
Ele deu alguns detalhes sobre a perseguição ocorrida na noite da última sexta-feira, na região do Sacomã (zona sul de SP). Relatou que, no momento em que seu carro parou, e um dos carros dos assassinos o ultrapassou, chegou a pensar que eles iam embora. "Mas deram a volta e desceram atirando. Atiraram várias vezes. Quando desceram, as portas estavam abertas."
Sobre sua relação com Celso Daniel, o empresário disse que eram bons amigos e que ajudou na campanha dele, na década de 80. "Era amigo dele. Ajudava, dirigia seu carro, levava, trazia... e ele me convidou para trabalhar na prefeitura de Santo André". Recusou. "Eu não pensava em trabalhar na prefeitura, queria cuidar da minha vida, da minha empresa", disse.
Magela teme violência na campanha
O candidato do PT ao governo do Distrito Federal, deputado Geraldo Magela, disse ontem ter o receio de que a campanha eleitoral em Brasília seja violenta e acabe em "tragédia". Citando o assassinato do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, Magela afirmou que os petistas do DF também estão correndo riscos.
"A partir de agora, toda e qualquer agressão a membros do nosso partido em Brasília será de responsabilidade do governador Joaquim Roriz, que vem incitando a população a cometer atos violentos contra nós", disse ele, numa alusão a discursos feitos pelo governador no ano passado.
O secretário de Comunicação do GDF, Weligton Moraes, rebateu essas declarações. "Magela está se aproveitando de um cadáver para tentar levantar a candidatura dele, que não decolou. Ele deveria esclarecer a sua passagem pela Secretaria de Habitação do governo do PT, quando lidou com grileiros", disse.
Moraes lembrou, ainda, que há suspeitas de que integrantes do próprio PT estejam envolvidos na morte de Celso Daniel.
Segundo Geraldo Magela, até agora não houve nenhuma violência contra os petistas de Brasília. Mas há informações, de acordo com ele, de que estaria sendo armada uma cilada contra o ex-deputado federal Chico Vigilante. Weligton Moraes ironizou essa preocupação dos petistas com Vigilante. "Se ele tem medo de alguém, deve ser dos credores e agiotas", disse o secretário.
Magela informou que o PT vai encaminhar, ao Ministério da Justiça e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um relatório sobre as ameaças que os petistas estariam sofrendo em Brasília. No fim da tarde de ontem, na Esplanada dos Ministérios, militantes do PT fizeram um ato público contra a violência, que incluiu um culto ecumênico na Catedral e uma passeata.
Fim do racionamento nas ruas
Governo determina a religação de lâmpadas usadas na iluminação pública e flexibiliza metas de residências, bares e indústrias .
A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica anunciou ontem que a iluminação pública já está fora do racionamento. A partir de hoje, as lâmpadas que foram desligadas nas ruas das cidades do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, para economizar energia, serão religadas.
O governo confirmou também que o racionamento ficará suspenso por nove dias durante o Carnaval, entre 3 e 12 de fevereiro ou 8 e 16 – ainda não foi decidido o período. Serão beneficiados os consumidores residenciais e também clubes recreativos, hotéis, bares e restaurantes.
A decisão partiu do próprio presidente Fernando Henrique Cardoso, que desautorizou, sem nenhuma cerimônia, o ministro de Minas e Energia, José Jorge.
Na quarta-feira, José Jorge havia dito que os consumidores residenciais não teriam folga no racionamento durante o Carnaval. Fernando Henrique teria telefonado para o ministro no meio de uma reunião para dizer que a ordem era outra.
As indústrias também serão beneficiadas. A partir de 1º de fevereiro, terão de economizar apenas 10%. Atualmente, a meta para o setor varia entre 15% e 25%. Documento da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, divulgado ontem, explica que as metas de consumo para o setor industrial no mês de fevereiro passarão a ser de 90% da base verificada nos meses de maio, junho e julho de 2000. Com isso, as indústrias terão de economizar só 10%.
Economia acaba em fevereiro
O ministro Pedro Parente, coordenador da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, disse ontem que o plano de racionamento deve acabar definitivamente no final de fevereiro "ou até antes", dependendo do nível dos reservatórios. "Isso é uma transição para o fim do racionamento", afirmou Parente, referindo-se às medidas de alívio anunciadas ontem.
O documento divulgado pela Câmara de Gestão afirma que "por expressa determinação do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso", os consumidores residenciais terão um aumento de 6% na meta de consumo de energia no Carnaval. Na prática, precisarão economizar apenas 1%, já que a meta atual é de 7% na maioria das cidades. Para os demais dias do mês de fevereiro, porém, a economia pode voltar a ser de 20%. Tudo depende dos reservatórios de água.
A flexibilização aos consumidores residenciais poderá trazer um consumo adicional de 408 MW/mês nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 88 MW/mês no Nordeste.
A me sma regra será aplicada, no Carnaval, para os clubes, hotéis, bares e restaurantes, que deverão ter uma disponibilidade de energia adicional de 233 MW/mês no Sudeste e Centro-Oeste e de 50 MW/mês no Nordeste.
Todas as medidas de alívio, inclusive para a indústria, atingirão 1.454 MW/mês no Sudeste e Centro-Oeste (82% da margem disponível, de 1.762 MW/mês). No Nordeste, o impacto será de 320 MW/mês (72% de 441 MW/mês).
Como será
Iluminação pública – Fica fora do racionamento a partir de hoje. Lâmpadas das ruas já começaram a ser religadas
Residências – Poderão gastar mais 6% de energia durante o Carnaval. No caso do DF, cuja meta mensal de economia é de 7% atualmente, significa que os consumidores terão de economizar apenas 1% no período
Clubes recreativos, hotéis, bares e restaurantes – Seguirão a mesma regra dos consumidores residenciais durante o Carnaval, ou seja, praticamente não terão de economizar energia no período
Indústrias – Passam a economizar apenas 10% a partir do dia 1º de fevereiro. Atualmente, são obrigadas a poupar 15% a 25%
Investimento externo cai, mas déficit diminui
O Brasil não deve encontrar grandes dificuldades para fechar as contas neste ano. As contas não estão folgadas, mas o País tem condições de reduzir o déficit, se forem cumpridas as previsões de superávit comercial. Isso significa que o dólar poderá subir, mas não sofrerá pressões fortes, como as do ano passado.
O déficit em transações correntes, um dos principais indicadores da vulnerabilidade externa do País, somou US$ 23,217 bilhões, número que, embora alto, foi o melhor resultado das contas externas brasileiras desde 1995, anunciou ontem o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Em 2000, o déficit em conta corrente havia totalizado US$ 24,669 bilhões.
"Esse resultado reflete uma melhora surpreendente da balança comercial e uma acomodação do gasto com serviços", disse Lopes.
Ele destacou que os investimentos estrangeiros diretos, de US$ 22,636 bilhões, financiaram 97,5% do déficit em transações correntes. A expectativa inicial do governo era de que esses investimentos cobrissem apenas 85% do déficit.
Para este ano, a previsão do BC é que os investimentos diretos cheguem a US$ 18 bilhões. Neste mês, já ingressou US$ 1,15 bilhão.
Segundo Elisa Pessôa, economista do Bank of America, se o saldo comercial for positivo de US$ 5 bilhões, como estima o governo, o déficit em transações correntes cai abaixo dos US$ 20 bilhões. O investimento direto estrangeiro, financiaria pelo menos 80% disso.
A compensação virá pela emissão de títulos. Com isso, o País deverá evitar uma explosão do dólar, ao menos até a troca de governo.
Doméstica escapa das filas do INSS
Internet poderá ser usada para pedir o salário-maternidade, sem procurar posto da Previdência.
Apartir de agora, as empregadas domésticas que trabalham com carteira assinada poderão requerer o benefício do salário-maternidade pela Internet. Não será mais necessário enfrentar as filas dos postos de atendimento.
Esse serviço do INSS já é disponível para mulheres que trabalham em empresas há quase um ano e meio e, nesse período, já foram solicitados 64,9 mil pedidos. O lançamento dessa facilidade para as domésticas ocorreu ontem em cerimônia realizada em São Paulo.
Para solicitar o salário-maternidade pela Internet, a doméstica ou o empregador devem acessar o endereço eletrônico www.previdenciasocial.gov.br e clicar na opção Ajuda, que traz as explicações sobre como pedir o benefício, e preencher o formulário eletrônico de requerimento. Se os dados informados estiverem corretos, a tela trará o resumo da concessão com o valor já calculado. Em seguida, o usuário deve confirmar, imprimir, assinar o documento e enviá-lo pelos Correios para o endereço da agência impresso no formulário. Em anexo, deve ir o atestado médico original, caso o requerimento seja feito antes do parto, ou a certidão de nascimento da criança.
Além desse benefício, a Previdência Social disponibiliza pela Internet pedidos de pensão por morte e auxílio-doença. Os de aposentadoria ainda não podem ser feitos eletronicamente, uma vez que o INSS possui cadastro dos contribuintes somente a partir de 1976. "Temos que esperar até 2011, quando completam-se os 35 anos de tempo de contribuição", explicou a diretora de Benefícios do INSS, Patrícia Audi.
Segundo a diretora, atualmente são solicitados via Internet cerca de 25 mil benefícios por mês, contra 2 mil no início de 2001.
"Isso representa um desafogamento das agências em 35%" informou. No ano passado, as agências do INSS atenderam por dia em média, 6,5 milhões de pessoas.
Serviço
Onde buscarO endereço eletrônico a ser acessado para solicitar benefícios é: www.previdenciasocial.gov.br
Artigos
Velhos chavões
José Roberto Lima
Toda vez que passo por aquela faixa "chega de impunidade", tenho uma sensação de vazio. Me vem um asco do fundo da alma, uma vontade enorme de esganar os pobres diabos que ainda resistem a esses velhos chavões.
Passamos as últimas quatro décadas repetindo chavões, porque não temos coisa melhor para dizer. Não é melhor ficar calado e agir?
Se depois de repetir a mesma coisa à exaustão não obtivemos sequer uma resposta, então está passando da hora de mudar: ou buscamos chavões novos, que não vão resolver nada mesmo, como os antigos, ou partimos para alguma ação.
Se o partido da oposição a qualquer coisa se sente ameaçado por forças ocultas, que lhe deceparam dois braços atuantes, por que não vai à forra e descarrega o pânico com um chute bem forte no traseiro do inimigo, seja lá quem for?
Não sou de compartilhar da ladainha dos cristãos sobre o "virai a outra face". Embora não simpatize com qualquer grupo, facção ou "panela", porque isso implica em cumplicidade e sou cúmplice apenas dos meus atos. Prefiro o "bateu, levou" a um diálogo geralmente insosso e improdutivo.
Conversa demais é bobagem e se estamos vivendo períodos de grandes turbulências é porque perdemos muito tempo com verborragia e frases sem nenhum efeito prático.
O "chega de impunidade" beira ao ridículo quando sabemos que jamais haverá punição para alguma coisa neste País, onde as pessoas agem pela sua vontade e sem nenhuma preocupação pelas conseqüências de seus atos.
Basta de "chega de impunidade". Que essas pessoas que vivem de chavões e frases de efeito e perdem tempo segurando faixas nas ruas procurem outros caminhos mais produtivos, que tragam resultados efetivos.
Fica difícil para quem busca realidades onde sobram fantasias, entender porque se perde tanto tempo com teorias e conjuminâncias, enquanto o país escorre pelos dedos daqueles que tentam mostrar que mudanças se fazem com boas ações e poucas, mas, precisas palavras.
O que esperar de quem senta no meio fio e fica vendo o mundo rodar à sua frente? Enquanto a vida passa, a realidade se distancia.
É isso o que a oposição precisa, mas não consegue entender: a situação assimila com muito mais rapidez porque sempre deu um passo à frente. Enquanto um discute por onde começar o outro começa para depois discutir.
Se o resultado será ou não satisfatório, isso se discute depois. E estamos conversados.
Colunistas
CLÁUDIO HUMBERTO
Ex-aliado quer sepultar ACM
O deputado Benito Gama retorna esta semana das férias na Europa para assumir de vez a candidatura ao governo baiano. Ele costura a primeira aliança no País entre o seu partido, o PMDB, com o PSDB, e acha que pode impor uma derrota histórica ao ex-aliado A CM. Em baixa, o babalaô está alijado do processo sucessório nacional pela primeira vez em três décadas. Até o PFL o rejeita. Para Gama, ACM morreu; só falta sepultar.
A carne é fraca
O presidente do Tribunal de Contas da União, Humberto Souto, fez ontem o que deveria combater: pelas 11h30, horário de trabalho, usou o carrão oficial à sua disposição para ir a uma loja, a Casa dos Parafusos, na 512 Sul em Brasília, para comprar uma churrasqueira para sua casa.
Mau humor
Se ficarem confirmadas as candidaturas de José Serra (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB) a presidente e a vice, a campanha eleitoral ganha a sua Chapa do Mau Humor. A dupla detesta sorrir. Sobretudo fazer sorrir.
São Paulo submersa
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, a Madame Favre (ou seria Wermus, verdadeiro sobrenome do namorado?), gastou em propaganda, no ano de 2001, exatos 79,4% mais que o previsto. E cortou 51% dos recursos reservados para obras contra enchentes. Deu no que deu.
PhD em dificuldades
No currículo de José Serra no site do Ministério da Saúde, “perseguição política” e exílio são citados como títulos acadêmicos.
Quem paga?
Uma simples solenidade de troca de comando, ontem pela manhã, provocou grande congestionamento no Aeroporto do Galeão, no Rio. Cerca de 50 aviões sobrevoaram durante uma hora, na região do aeroporto, à espera de autorização para aterrissagem. Um abuso, que provocou prejuízos e atrapalhou a vida de centenas de pessoas.
Morto e enterrado
Morreu sem dizer a que veio o Plano Nacional de Segurança Pública, lançado com fanfarras por José Gregori, o pavão que era ministro da Justiça. Após a tragédia do ônibus 174, no Rio, criou 15 “compromissos”. Combate ao narcotráfico e ao crime organizado era o nº 1. Pois.
Pensando bem...
...além de proibir o celular pré-pago, o governo deveria extinguir os carros. Como ironiza o gaúcho Glauco Fonseca (coletiva.net/colunas), assim “não haveria como transportar as vítimas e os criminosos”.
Não agora
O assassinato do prefeito Celso Daniel não é um bom pretexto para se retomar a campanha pela proibição total de venda de armas.
Ele foi executado com uma arma 9mm, de uso exclusivo das Forças Armadas e contrabandeada pela bandidagem. Não é vendida em lojas.
Vinte anos depois...
...e o desembargador Cláudio Costa, de MG, pode perder o cargo. Quando o pai, Hélio Costa, era presidente do Tribunal de Justiça mineiro, o filho foi nomeado sem os dez anos de exercício profissional exigidos. No link Institucional/Desembargadores, do TJMG, nem consta a data da formatura. Não deu tempo.
Internet e pé no chão
É a fórmula para as primeiras campanhas eleitorais do novo século, segundo o especialista Álvaro Lins, que tem uma ampla (e eclética) lista de clientes: de Collor a Cristovam Buarque, passando por Luís Antonio Fleury, Brizola, Ciro e o atual prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.
Vale para uns...
A Petroafunda não aceita engenheiros da Uerj, aprovados no concurso público para nível superior. A data do edital exigia formatura até 30 de setembro, mas devido à greve, eles só colaram grau em outubro. A universidade enviou justificativa, mas a Petrovaza a ignorou.
... não para outros
Na gestão de Henri Reichstul, a Petrobras contratou trabalhos sem concorrência, nomeou 11 assessores sem concurso, e como estava muito bom, bom demais, instituiu o salário extra, concedido pelo chefe imediato, sob critérios secretos e subjetivos. Quem ganha não pode divulgar. Para os gerentões são quatro por ano. Haja saco para puxar.
Nem te ligo
O consulado em Nova York continua alvo de queixas. Um leitor de Long Island ligou dia 10, no horário comercial, e foi atendido por secretária eletrônica. A gravação pediu telefone para entrar em contato. Até hoje, nada. E não foi a primeira vez.
Operando ironia
Mário Santos, chefe do Operador Nacional do Sistema, costuma ironizar (em particular) a falta de intimidade do ministro José Jorge (Minas e Energia) com a questão energética. Ele queria ganhar R$ 35 mil por mês, mas os seus vencimentos foram limitados a R$ 18 mil, a muito custo, pelo então ministro Rodolpho Tourinho, outro alvo do seu deboche.
Poder sem Pudor
O nome do Botafogo
Antes de prestar exame para o Instituto Rio Branco, o diplomata Dante Coelho de Lima (hoje no Ministério do Planejamento) começou sua trajetória como funcionário administrativo do Itamaraty. Logo nos primeiros dias de trabalho, alguém gritou na divisão onde era lotado:
– Alguém aí sabe o nome completo do Botafogo?
Obsequioso, apressou-se em responder com entusiasmo:
– Botafogo de Futebol e Regatas!
Os colegas se entreolharam, divertidos. Na verdade, deseja-se saber o nome completo do hoje embaixador José Botafogo Gonçalves.
Editorial
LEI COM RIGOR
Ocombate à violência não implica apenas em colocar mais policiais nas ruas ou chamar o Exército para fazer o papel de polícia. Ele só se torna eficaz quando é resultado de um conjunto de medidas, que podem ou não ser do agrado de toda a comunidade, mas que refletem uma necessidade dessa mesma comunidade.
A Lei Seca em Ceilândia é um exemplo. A medida, que fixa horários rígidos para o fechamento de bares, restaurantes, quiosques, trailers e similares, não vai acabar com toda a violência, mas vai provocar a diminuição do número de ocorrências. Os que apóiam a medida sabem disso. E mesmo os que não a apóiam, movidos por questões particulares, também sabem.
Quando foi adotada no Riacho Fundo, em novembro de 2000, por exemplo, a Lei Seca foi responsável pela queda de 80% no número de ocorrências, como lesão corporal, estupro e tentativa de homicídio, as mais associadas ao consumo excessivo do álcool. Em Ceilândia não deverá ser diferente.
Cabe ao governo, agora, fiscalizar o cumprimento da medida com rigor. Muitos estabelecimentos vão apostar no tempo para que a lei caia em desuso, como acontece com outras medidas, que simplesmente não pegam. A Lei Seca precisa ser cumprida com precisão, inclusive para que prove, ou não, a sua eficiência na diminuição da criminalidade.
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01/25/2002
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