Romero Jucá aponta necessidade de aumento de competitividade de produtos nacionais
O mundo globalizado trouxe parâmetros de concorrência agressivos e, para manter a competitividade, os diversos setores da economia nacional devem aumentar sua eficiência, qualidade e competência. A avaliação foi feita pelo senador Romero Jucá (PSDB-RR), para quem, apesar dos esforços empreendidos recentemente, a participação brasileira nos mercados externos deixa muito a desejar e a improvisação toma conta da postura do país no comércio internacional. Ainda assim, o senador indicou que três setores da economia brasileira têm cenários favoráveis pela frente: a produção de carne bovina e as indústrias automobilística e de couros e calçados.
- São nichos importantes, com enorme capacidade de crescimento, elevada qualidade e inegável condição de competitividade, com amplas possibilidades de duplicação de exportações em curto e médio prazo - analisou.
No caso da carne, Jucá destacou que, "a duras penas", o governo brasileiro conseguiu provar, após a crise com o Canadá, que o produto brasileiro tem qualidade assegurada. Hoje, disse o senador, o Brasil tem vendas superiores às de 10 anos atrás, com participação de 5,5% no mercado internacional. Para isso, o país conseguiu estabelecer bons níveis de controle sanitário e ocupar mercados deixados pela Argentina, que passa por séria crise e teve o rebanho afetado pela febre aftosa.
Jucá destacou ainda que a indústria automobilística, apesar da retração do mercado consumidor no Mercosul, tem posição privilegiada como fornecedora de peças e componentes, graças a um parque industrial com altos índices de qualidade. Da mesma forma, continuou o senador, o complexo coureiro-calçadista espera crescimento da produção de 4% ao ano até 2008 e aumento de 12% para as exportações, com expansão do número de empregos e dos investimentos.
- Mais do que nunca, é preciso que os empreendedores brasileiros procurem melhorar seus produtos, atingir patamares superiores de qualidade, de organização e de produtividade. Esses são os elementos exigidos pelo mundo globalizado. Infelizmente, aqueles que não conseguirem se adaptar a essa realidade serão fatalmente tragados pelas leis frias e implacáveis do mercado e terão de fechar as portas de suas empresas - concluiu Jucá.
12/04/2002
Agência Senado
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