RUMOS DO PAÍS SERIAM OUTROS SE CASTELLO ESTIVESSE VIVO, DISSE ANTONIO CARLOS,
A homenagem que o Senado presta nesta quarta-feira (dia 14) ao jornalista Carlos Castello Branco é uma homenagem do Brasil, disse o presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães. Se Castello estivesse vivo, ponderou o senador, provavelmente os rumos da Nação seriam outros, já que o jornalista sempre lutava contra a pobreza e pela justiça social. - Ele que fez questão de nunca amealhar riqueza, mas sim a grandeza que foi o norte de sua vida - afirmou Antonio Carlos. Em seu pronunciamento, o senador deu o testemunho de mais de 30 anos de amizade com Castello, realçando que presenciou o recíproco amor entre ele e sua esposa, Élvia Castello Branco, formando um casal que convivia com o meio político brasileiro, "como nenhum outro, e sua casa não tinha fronteiras para quem lá aparecesse para uma boa conversa inteligente". Para o senador, Castello só tinha horror a uma coisa: a burrice. - Ele detestava os poucos inteligentes. Adorava conversar noite adentro e no dia seguinte, às 10 horas, já estava no seu trabalho. Sua coluna política foi a mais expressiva que o Brasil teve na contemporaneidade, sendo uma das figuras mais influentes. Castelo era único e não tinha sucessor - frisouO senador disse que, ao fazer essa homenagem, sentia a ausência de tantas personalidades que brilharam na política, como Juscelino Kubitschek, Affonso Arinos, Milton Campos e tantos outros, mas destacou que no jornalismo não há falta maior do que a de Castello.Ao se referir a períodos difíceis na vida pessoal do jornalista, quando este perdeu um filho, Antonio Carlos afirmou que eles tiveram sofrimentos idênticos, "a mesma dor em épocas diferentes". - Castello sabia vencer a dor com muita coragem, mas sempre tendo o estímulo dos amigos, como eu também tive, para não cair um centímetro na sua dignidade e na sua atuação como jornalista profissional - contou.Declarando-se honrado ao presidir a sessão de homenagem ao jornalista, o senador agradeceu a presença do diretor-presidente do Jornal do Brasil, Nascimento Brito, do ex-ministro Costa Couto e das demais autoridades presentes.
14/06/2000
Agência Senado
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