Salários educação e maternidade foram isentos do Imposto de Renda



A aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) de projeto do senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) isentando do pagamento de Imposto de Renda (IR) os valores recebidos pelos trabalhadores a título de salário-educação e salário-maternidade foi uma das mais importantes matérias aprovadas nesta semana pelas comissões do Senado.

Bezerra argumentou que o salário-educação e o salário-maternidade nasceram de forte apelo social e que seus beneficiários estão na faixa de menor renda da população. Por esse motivo, ele entende que tais rendimentos não devem sujeitar-se à incidência de imposto. Se não houver recurso para exame da matéria pelo Plenário, o texto seguirá para a deliberação da Câmara.

Também nesta semana, com o objetivo de responsabilizar quem faça mau uso da Internet, a Comissão de Educação (CE) aprovou substitutivo do senador Álvaro Dias (sem partido-PR) a projeto que torna obrigatório "o registro mínimo" das conexões entre usuários e provedores de acesso à Internet. O texto prevê a manutenção, pelos provedores da Internet, por no mínimo um ano, do registro de todas as conexões efetuadas por seu intermédio.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou substitutivo do senador Tião Viana (PT-AC) a projeto permitindo que as farmácias vendam medicamentos a granel, na quantidade indicada pelo médico. Com isso, os consumidores não mais precisarão comprar medicamentos em excesso, contidos em caixas padronizadas pela indústria farmacêutica.

Por unanimidade, a CAS também aprovou projeto tornando gratuita a emissão, para todos os trabalhadores, dos extratos bancários referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na opinião de Sérgio Machado (PSDB-CE), autor do projeto, isso permitirá aos trabalhadores conhecer os valores exatos depositados em suas contas vinculadas.

E a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o futebol decidiu enviar à Câmara todos os documentos relacionados ao presidente do Vasco e deputado federal Eurico Miranda. Conforme observação do relator, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), os documentos servem de subsídios para um possível processo por quebra de decoro parlamentar contra Eurico Miranda.

23/08/2001

Agência Senado


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