Sarney comparece à IX Conferência Nacional de Direitos Humanos



Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, o presidente do Senado, José Sarney, participou nesta terça-feira (29) da abertura da IX Conferência Nacional de Direitos Humanos. Na ocasião, Sarney assinalou o momento histórico traduzido pela presença, na Presidência da República, de um homem engajado na luta pelos direitos humanos.

Sarney voltou a repetir sentir-se orgulhoso de observar que Lula está encerrando, na história do Brasil, a implantação do sistema republicano. Ele explicou que os 100 últimos anos da história da humanidade foram marcados por revolta e revolução, as duas manifestações buscando uma forma jurídica de chegar ao poder. Com Lula, constatou ele, o Brasil alcançou o ideal republicano exclusivamente através da democracia.

- Assistimos atualmente à conclusão de um processo, que nasceu numa república sem povo, depois foi incorporando as elites dirigentes, mas que não tinha chegado ainda às classes proletárias. Hoje, com Lula no poder, está provado que todas as classes têm oportunidade de exercer o poder no Brasil. Isso é uma coisa extraordinária.

De acordo com o presidente do Senado, Lula transformou-se no presidente da unidade nacional, um presidente que, na expectativa da Nação, vai reconstruir o ideal do Brasil unido em torno do seu futuro e dos seus jovens.

- Essa conferencia se realiza numa etapa importante da historia republicana brasileira. Essa é a nona conferência e outras virão, porque esse tema não é de hoje, será eterno, porque a defesa dos direitos humanos deve estar na consciência de cada pessoa humana.

Ao lado de dona Marisa Letícia, o presidente da República também discursou, afirmando que semear direitos humanos talvez seja a semeadura mais difícil, delicada e trabalhosa, por isso mesmo, a mais preciosa. Referindo-se ao período ditatorial, Lula afirmou que, naquela época, o Brasil assistiu à antagônica experiência de registrar índices econômicos positivos simultaneamente a atos de asfixia política.

- Não esqueceremos jamais essa lição. Temos consciência de que o Brasil vai se transformar no maior exportador mundial de alimentos. Isso será ótimo. Mas vai também acabar com a fome que sacrifica dezenas de milhões de pessoas entre nós. E isso será extraordinário - afirmou Lula.

Também discursaram na solenidade o deputado João Paulo Cunha, que disse esperar que as resoluções extraídas do evento sirvam para consolidar a cultura dos direitos humanos no Brasil, e Daniele de Paula, do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos. Daniele foi aplaudida quando pediu ao presidente da República que -diga não ao rebaixamento da idade penal- na legislação brasileira.



29/06/2004

Agência Senado


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