Sarney: esforço concentrado poderá evitar convocação extraordinária
Indagado, à saída do Plenário, sobre a possibilidade de o Congresso ser convocado a trabalhar no recesso de julho, o presidente do Senado, José Sarney, disse que dificilmente isso ocorrerá.
- Eu acho que o sentimento da Casa e do próprio governo, o sentimento de todos nós, é de que, se pudermos votar tudo até a primeira semana de julho, não há necessidade de convocação. Dá para votar as matérias mais urgentes - afirmou.
De acordo com o presidente do Senado, com uma semana de esforço concentrado, o que inclui votações às segundas e sextas-feiras, o Senado terá condições de votar as matérias mais urgentes que aguardam deliberação dos senadores.
O presidente também foi indagado se terá um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar dessas votações. Respondeu que não tem encontro nenhum, a não ser o compromisso de jantar na casa do presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, num encontro social, ao qual comparecerão os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal.
Sarney explicou que se nesta terça-feira (29) a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) emitir parecer sobre a proposta de emenda à Constituição que reduz o número de vereadores e sobre a que aumenta o percentual destinado aos estados na arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), é possível apressar os trabalhos para que essas votações aconteçam até o dia 30.
Sarney disse ainda que não viu ninguém no Senado querendo que o Congresso seja convocado para trabalhar em regime extraordinário durante o recesso. Na pauta para um esforço concentrado de votações, ele listou as seguintes matérias: o projeto de lei das Parcerias Público-Privadas, o projeto da lei de Bissegurança, a reforma do Judiciário e a Lei de Falências. E avisou: -são matérias muito complexas, que demandam muitas sessões para aprovar-.
28/06/2004
Agência Senado
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