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A medida já havia sido anunciada em nota à imprensa no sábado (11), depois de denúncia, divulgada na revista Veja, de que investigações realizadas após a liquidação do Banco Santos indicaram que Sarney teria mantido, entre 1999 a 2001, contas fora do Brasil não declaradas à Receita Federal.

No documento endereçado ao recém-empossado procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, Sarney confere poderes à Procuradoria para a obtenção de informações sobre contas bancárias, ações, depósitos, investimentos, propriedades ou qualquer tipo de movimentação financeira, em qualquer moeda ou valor, que eventualmente tenha possuído, em qualquer época.

Para isso, afirma que, se necessário, outorga as "competentes permissões previstas na lei brasileira, nos tratados e convenções internacionais e nas leis de quaisquer outros países".

Ainda no ofício, Sarney se compromete a assinar todos os documentos "necessários para esta ampla e cabal investigação, a fim de verificar minudentemente meus ativos financeiros e econômicos fora do Brasil".

Segundo a assessoria de imprensa da Presidência do Senado, com este documento, o presidente Sarney concede à PGR os instrumentos necessários para que investigue sua vida perante as instituições financeiras internacionais.

Valéria Castanho / Agência Senado

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