Sarney promete empenho em favor dos deficientes



O presidente do Senado, José Sarney, recebeu nesta terça-feira (7) representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), empenhados em sensibilizar o Legislativo para aprovar, na reforma da Previdência, dispositivos que os contemplem. Sarney prometeu envidar esforços junto aos parlamentares e ao governo para ajudar os deficientes.

O pedido dos portadores de deficiência se refere a três condições especiais para aposentadoria e pensão: redução em 10 anos nas exigências de idade e tempo de contribuição para aposentar-se; impossibilidade de redução da pensão dos dependentes com deficiência; e acréscimo de 25% nos proventos do aposentado ou pensionista portador de deficiência.

No encontro, Sarney foi aplaudido no momento em que apresentou aos deficientes uma ordem do dia impressa em braile e anunciou que também estão sendo impressos nesse processo o Código do Consumidor e uma série de livros. O senador anunciou ainda providências para que os deficientes tenham acesso a todas as dependências do Senado e informou que a Rádio e a TV Senado transmitirão programas voltados para os portadores de deficiência.

Os representantes do Conade disseram que a situação dos deficientes piorou sensivelmente desde que Sarney deixou a Presidência da República, citando a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), organismo criado no governo Sarney para gerir políticas voltadas para eles, tendo como eixo a defesa dos direitos humanos e a promoção da cidadania.

Participaram do encontro os senadores Flávio Arns (PT-PR) e Serys Slhessarenko (PT-MT), autores das emendas à reforma da Previdência de interesse do Conade. Também esteve presente o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Na ocasião, Flávio Arns declarou que todas as entidades de deficientes sentem saudade do prestígio que usufruíam no governo Sarney. E Adilson Ventura, presidente do Conade, definiu como um marco histórico a criação do Corde em 1989.

Sarney disse que, ao longo de sua vida política, iniciada nos anos 60, sempre foi um aliado das causas em favor dos deficientes. E lamentou que o Corde, valioso instrumento de articulação de políticas em favor dos deficientes, não tenha hoje a mesma visão de continuidade que tinha no seu governo.



07/10/2003

Agência Senado


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