Sarney vê possibilidade de consenso para votar PPPs



O presidente do Senado, José Sarney, reuniu-se nesta quinta-feira (2) com o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, para discutir a pauta de votações do próximo período de esforço concentrado, que ocorrerá entre 13 e 17 deste mês. Ao deixar o gabinete de João Paulo, Sarney manifestou sua crença num entendimento para a votação do projeto sobre as parcerias público-privadas.
– Esse é um assunto muito controvertido, que envolve uma gama imensa de interesses políticos e econômicos, mas nós vamos chegar a um consenso, até mesmo porque, no Senado, sempre encontramos com a oposição um terreno em que prevalece o interesse público. Indagado sobre a possibilidade de o governo reenviar ao Legislativo a proposta das parcerias público-privadas mediante medida provisória, Sarney disse que não falou com João Paulo Cunha sobre o assunto e citou o ex-senador Petrônio Portela para dizer que “a pior coisa em política é discutir sobre hipóteses”. Ele também foi indagado sobre encontro que teria dali a pouco com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto e disse que audiência com o chefe do Executivo não se comenta. – Olha, eu vou estar com o presidente da República, mas não sei o assunto. Conversa com o presidente da República a gente não sabe, não pode revelar e nem prevê o que vai ocorrer. Sarney afirmou que, juntamente com a Câmara, o Senado fará um esforço para votar as medidas provisórias que estão bloqueando a pauta e permitir a tramitação de outras matérias. Questionado sobre a fragilidade da maioria do governo no Senado, Sarney disse que isso é administrável. - Não acho que a maioria do governo seja frágil. Em todas as matérias, ela tem funcionado bem. Os jornalistas também perguntaram sobre a possibilidade de o Legislativo voltar a analisar emenda constitucional permitindo a reeleição dos presidentes da duas Casas. - Esse é um assunto que eu não trato e quando as pessoas tratam comigo eu não manifesto nenhum interesse em continuar falando do tema. Em resposta a pergunta relativa ao reajuste dos servidores do Legislativo, o presidente do Senado disse que não há nada definido e que apenas recebeu uma reivindicação do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Legislativo). E acrescentou que a reivindicação está sendo estudada, com possibilidade de ser atendida dentro dos parâmetros que o governo já fixou para os funcionários do Executivo.

- Os nossos procedimentos serão da mesma maneira e sem data ainda para decidir. 

Azeredo admite que governo avançou na proposta das PPPs, mas ainda acha projeto imperfeito

 


02/09/2004

Agência Senado


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