Saturnino: acordo da Argentina com o FMI poderá apressar adesão à Alca
- O caminho apontado à Argentina pelo FMI é o da integração da economia argentina com a economia norte-americana, tornando-se a pioneira de um acordo interamericano de uma área de livre comércio. O Brasil, por seu lado, tem também de exercer pressão no sentido de levar a Argentina a rejeitar essa pressão americana e a integrar-se mais conosco, fazendo avançar o Mercosul - recomendou.
Roberto Saturnino considera importante que o Brasil atue efetivamente de maneira a impedir o que chamou de entrega da Argentina aos Estados Unidos. A seu ver, isso significaria o fim do Mercosul e o início de um processo muito mais rigoroso de integração de toda a América Latina na Alca.
Apesar de não serem conhecidos os detalhes do novo acordo firmado pela Argentina com o FMI, o senador disse que são previsíveis exigências muito pesadas em termos de arrocho fiscal sobre as províncias argentinas. Segundo Saturnino, foram negociados aspectos particulares que não vieram ainda a lume, mas que estariam implícitos nas declarações do ministro da Economia, Domingos Cavallo, e do secretário de Finanças, Daniel Marx.
- A Argentina terá que tomar uma decisão. Ou desvaloriza o peso e, por conseguinte, se desdolariza e dá um grito de independência, ou acabará por entregar-se aos Estados Unidos, integrando-se economicamente com aquele país. Isso, o Brasil deve tentar impedir - disse Saturnino.
22/08/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Roberto Saturnino defende plebiscito sobre adesão à Alca
Saturnino protesta contra demissão de embaixador e alerta para os riscos da adesão à Alca
Adiamento da adesão à Alca é debatido em comissão
Comissão do Mercosul discute adesão do Brasil à Alca
Emilia se manifesta contra adesão do Brasil à Alca
Jefferson quer conhecer alternativas do Brasil à adesão à Alca