Saturnino defende política externa para a América do Sul e vê futuro com otimismo



O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Roberto Saturnino (PT-RJ), disse nesta quarta-feira (24) estar otimista com relação ao futuro da Comunidade Sul-Americana de Nações. Ele defendeu a ação diplomática brasileira na superação dos conflitos com a Bolívia por conta das mudanças nos direitos de exploração do petróleo e do gás.

- Apesar dos percalços, esse projeto prossegue - avaliou Saturnino.

O senador pelo Rio de Janeiro disse acreditar que os fatos recentes na administração diplomática da crise com a Bolívia mantém acesa a esperança no sucesso da integração da América do Sul e mostram que o governo brasileiro estava certo quando optou pela cautela e pelo diálogo, em vez de seguir os críticos que pediam o endurecimento com o presidente Evo Morales.

Saturnino mencionou ainda como indicadores positivos de uma convivência pacífica e cooperativa no continente a adesão da Venezuela ao Mercosul, país que tem densidade econômica e pode contribuir, junto com o Brasil e Argentina, para fomentar o desenvolvimento de economias mais modestas, como as do Uruguai e Paraguai.

O parlamentar acrescentou também que o governo do Equador, mesmo sendo considerado pró-Estados Unidos, acaba de revogar contrato de operação da Petrolífera americana Occidental, atendendo à pressão da opinião pública. Isso demonstraria, segundo matéria publicada pela revista Carta Capital lida pelo senador, que a chamada onda nacionalista na América do Sul seria fruto de um movimento popular, e não a ação de um ou dois líderes.

Saturnino criticou o pessimismo da parcela dos brasileiros "incapaz de enxergar"a importância de obras como a construção do Grande Gasoduto do Sul, que ligará Venezuela, Brasil e Argentina. A previsão é de que as obras para a construção dos mais de 10 mil quilômetros de dutos comecem daqui a três anos, depois de resolvidas as questões ambientais, e terminem em 2017. Para o senador esses pessimistas "são do mesmo tipo de udenistas" que criticaram a construção de Brasília.

24/05/2006

Agência Senado


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