Saturnino destaca avanços sócio-econômicos em assentamentos rurais



Resultados favoráveis de estudo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) sobre assentamentos realizados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entre 1985 e 1997, publicados na última semana pela revista Carta Capital, foram destacados em Plenário, nesta segunda-feira (3), pelo senador Roberto Saturnino (PT-RJ). Além de atestar a melhoria na qualidade de vida das 15.113 famílias beneficiadas em 39 municípios de nove estados no período, a pesquisa revelou que 96% desses assentamentos partiram de ações de resistência ou invasão de propriedades rurais.

Essa última constatação levou Saturnino a afirmar que "é preciso respeitar os líderes do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] e compreender certos excessos inevitáveis pois, sem a existência deles, a reforma agrária não teria avançado nada". A despeito das críticas à política de assentamentos rurais no país, o senador petista assinalou a conclusão dos pesquisadores de que a reforma agrária "é viável, necessária e traz resultados importantíssimos" frente ao quadro de desigualdades sociais e econômicas do país.

Sobre os benefícios proporcionados aos assentados, o estudo da UFRRJ identificou, segundo Saturnino, elevação do nível de renda, melhoria das condições de saúde, educação, alimentação, habitação, saneamento e, sobretudo, avanço na percepção de seus direitos e deveres enquanto cidadãos. O representante do Rio de Janeiro também ressaltou a capacidade de a reforma agrária gerar, em média, três empregos diretos. Como o custo por família assentada é de R$ 24 mil, cada novo posto de trabalho no campo ficaria em R$ 8 mil, valor muito inferior ao da geração de emprego nos setores de indústria e serviço.

Quanto às realizações do atual governo na reforma agrária, Saturnino apontou o atraso da gestão petista nessa área, situação atribuída ao arrocho fiscal a que teve de se submeter para não desestabilizar a economia. Em aparte, o senador Tião Viana (PT-AC) elogiou a "interpretação lúcida" do parlamentar e salientou a "compreensão histórica" do Partido dos Trabalhadores quanto às reivindicações dos movimentos sociais.

- Nós, do PT, não vemos um movimento reivindicatório como inimigo do Estado - declarou.



03/05/2004

Agência Senado


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