SEBASTIÃO ROCHA QUER ANALISAR PLANILHAS DE PLANOS DE SAÚDE



O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) afirmou hoje (dia 4) que está disposto, como relator, a negociar alguns pontos relativos ao projeto que regulamenta os planos de saúde, "desde que isso não represente o massacre do capital sobre o social". O senador anunciou também que vai pedir, através de ofício, as tabelas e as planilhas das empresas privadas do setor para analisá-las, destacando que "se tiver de ceder em algum ponto, não tem resistência a isso".

Ele comentou a entrevista do presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados, Júlio Bierrenbach, publicada hojenos principais jornais do país sobre o projeto de regulamentação dos planos de saúde que tramita no Senado.

Segundo Sebastião Rocha, "o que se viu na entrevista de Bierrenbach foi uma manifestação acintosa de terrorismo psicológico", destacando que, em nenhum momento desde que foi indicado relator do projeto se manifestou de forma ostensiva contra qualquer dos segmentos que estejam envolvidos nesse processo, seja pelo lado das operadoras, seja pelo lado das entidades que defendem usuários e consumidores.

Na opinião do senador, a entrevista indicou uma ação ostensiva da Federação no sentido de tentar convencer os senadores a votarem na íntegra o projeto que veio da Câmara. "Que o façam. O que não se pode é tentar sofismar,tentar convencer os senadores com argumentos que não são verdadeiros", destacou.

- Mostrem para os senadores as tabelas com as quais os Planos de |Saúde trabalham hoje. Porque na verdade essas tabelas não são conhecidas. Comparar um plano que trata de unha encravada e dor de cabeça com outro que atende aos doentes de Aids, transplante e câncer e dizer que o diferencial de um por outro vai ser 100%. Eu não acredito que seja um aumento relevante - afirmou.

Sebastião Rocha ressaltou que a Comissão de Assuntos Sociais está aberta à discussão com as planilhas na mesa porque ninguém conhece as planilhas e as tabelas com as quais esse segmento trabalha, a não ser os usuários quando vão assinar os contratos.



04/03/1998

Agência Senado


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