SECRETÁRIO-GERAL DA MESA DIZ QUE NUNCA O SENADO TRABALHOU TANTO
Definindo como estafante e penoso o trabalho de uma Secretaria, órgão responsável por soluções de técnica legislativa que norteiam as decisões dos senadores, Carreiro também ressaltou a "diligência e eficiência da Secretaria de Editoração e Publicação da Casa".
Como exemplo, ele apontou as 3.114 páginas do Diário do Senado que reproduziram o processo contra Luiz Estevão e que estavam nas mãos de cada senador antes da votação. Testemunha de tudo que aconteceu no plenário até Luiz Estevão ser cassado, Carreiro redigiu a ata que afinal foi assinada pela Mesa Diretora.
Não foi a primeira vez que ele trabalhou numa missão delicada. No processo que resultou no impeachement do ex-presidente Fernando Collor, Carreiro atuou como escrivão substituto, pois já assessorava a Mesa Diretora. No processo contra o ex-senador Ronaldo Aragão, ele foi o secretário da comissão processante. Secretariou também o processo aberto contra o senador Ernandes Amorim (PPB-RO).
Mas Raimundo Carreiro diz que a importância do trabalho legislativo não se resume a isso, visto que a sociedade tem inúmeros resultados a contabilizar com a atuação do Senado. Ele exemplificou narrando que, por decisão do senador Antonio Carlos Magalhães, oficiou a todas as autoridades cobrando resultados jamais chegados à Casa em razão de decisões tomadas pelas comissões parlamentares de inquérito.
Em virtude disso, só do Ministério da Fazenda chegou um comunicado de que, em razão do resultado da CPI dos Precatórios, a Receita Federal autuou 56 pessoas jurídicas e 68 pessoas físicas. E em conseqüência do pagamento de impostos devidos por essas pessoas, o Tesouro Nacional recebeu R$ 2,5 bilhões. "Isso é um enorme ganho para a sociedade", afirmou Carreiro.
Afirmando que os trabalhos desse semestre tiveram enorme repercussão na sociedade, Carreiro disse que os funcionários da Casa têm dado o melhor dos seus esforços para atender às exigências do trabalho legislativo. "Se não tivéssemos um eficiente suporte para atender a essa demandas, como sairiam decisões tão significativas para o país?", indagou.
03/07/2000
Agência Senado
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